Em 2020, 237 pessoas tiveram morte violenta relacionada à sua orientação sexual ou identidade de gênero. Os dados são do Grupo Gay da Bahia – GGB, que há 41 anos divulga o Relatório Anual de Mortes Violentas de LGBTI no Brasil. Os números ressaltam a importância do enfrentamento ao preconceito, tema em destaque nesta segunda-feira, 17 de maio, Dia Internacional contra a Homofobia.

O levantamento dá conta de 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%) de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Pela primeira vez, desde 1980, as travestis ultrapassaram os gays em número de mortes: 161 travestis e trans (70%), 51 gays (22%) 10 lésbicas (5%), 3 homens trans (1%) e 3 bissexuais (1%), além de 2 heterossexuais confundidos com gays (0,4%).

Na comparação com os anos anteriores, houve queda nos índices. Em 2019, o número total de mortes violentas foi de 329, apontando uma diminuição de 28% no ano passado. De acordo com o GGB, não há previsão nem explicação sociológica indiscutível que justifique a redução dos números. O declínio é notado desde o ano recorde, 2017, com 445 mortes, seguido em 2018, com 420.

Confira a íntegra do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil: Relatório 2020, do Acontece LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia.

IBDFAM luta contra a homofobia desde sua fundação

Em entrevista recente, a advogada Maria Berenice Dias, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM, destacou os avanços na luta pelos direitos da população LGBTI por meio do Poder Judiciário. Foi o caso do reconhecimento das famílias homoafetivas, há 10 anos, e do fim da restrição à doação de sangue por homens gays, no ano passado.

Ambos os julgamentos favoráveis do Supremo Tribunal Federal – STF tiveram o IBDFAM como amicus curiae. Segundo a vice-presidente, o Instituto “desfralda bandeiras, primando pelos princípios da igualdade, do direito à liberdade e, principalmente, do respeito à dignidade humana”.

“A posição do IBDFAM desde a sua criação, há 24 anos, sempre se distinguiu pela busca do reconhecimento da igualdade de direitos, da preservação dos direitos de cidadania das pessoas, do reconhecimento de seus vínculos afetivos e as relações entre pessoas do mesmo sexo”, defendeu Maria Berenice. Leia a reportagem na íntegra.

No último dia 6 de maio, especialistas do IBDFAM e convidados especiais se reuniram no seminário ”10 Anos do Reconhecimento das Famílias Homoafetivas pelo STF: Há o que comemorar!”. A conferência já está disponível gratuitamente e na íntegra no YouTube.

Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do Grupo Gay da Bahia)

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