A outorga da Medalha de Ouro Cidade de Manaus é concedida pelo Legislativo Municipal a autoridades locais pelos relevantes serviços prestados.

O desembargador Wellington Araújo, presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), compôs a mesa de honra da cerimônia de outorga da Medalha de Ouro Cidade de Manaus à conselheira Yara Amazônia Lins Rodrigues dos Santos, presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE/AM). A sessão solene foi realizada na manhã de quinta-feira (31/10), no Plenário Adriano Jorge, da Câmara Municipal de Manaus, no bairro Santo Antônio, zona Oeste da capital.

“Ela sempre foi muito dedicada ao TCE/AM pois começou no órgão como taquígrafa e veio galgando espaço sendo a única mulher a presidir essa importante instituição. Estamos muito felizes em participar deste momento, que considero justo pelo reconhecimento que é feito a essa grande mulher”, destacou o desembargador Wellington.

Também estiveram na cerimônia os desembargadores Joana Meireles, Jorge Lins, Socorro Guedes e Elci Simões. A proposta da homenagem foi da vereadora Mirtiz Sales que destacou os motivos que levaram à escolha da homenageada. “Pra nós ela representa o poder da mulher amazonense. Foi a primeira mulher a chegar à presidência do Tribunal de Contas e é uma homenagem merecida pela sua história. Pra mim é motivo de orgulho e me sinto representada por ela. É a simbologia do aumento da representatividade feminina nos poderes”, frisou a parlamentar.

A conselheira Yara Amazônia Lins Rodrigues dos Santos é servidora pública de carreira. Ingressou no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas em 1975 como taquígrafa, sendo auditora-adjunta em 1989 e auditora em 2002. Em 2014, foi nomeada conselheira da Corte de Contas. Na cerimônia desta quinta, ela destacou a satisfação em receber a homenagem. “Com muita alegria e satisfação recebo essa homenagem dessa Casa valorosa. Eu e minha família viemos aqui para recebê-la e quero, primeiramente, agradecer a Deus e à minha família pela paciência ao longo desses anos e por ter suportado nossa ausência, pois o trabalho é árduo. Hoje, a sociedade pode perceber que o TCE/AM está melhor, humanizado, com credibilidade e isso somente vem acrescentar ao nosso Estado.”

Primeira Presidente

Yara Lins dos Santos nasceu em abril de 1957, é casada com o cardiologista Fausto Santos, tem 3 filhos – Carlos Abener de Oliveira Rodrigues Filho, Teresa Raquel Rodrigues Baima Rabelo e Fausto Vieira dos Santos Júnior – e quatro netos – Manuela, Carlos, Davi e Pedro.

Formada em Direito pela Universidade Paulista e em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Amazonas, a conselheira Yara Lins dos Santos foi a primeira mulher a presidir o TCE-AM após ser eleita, por unanimidade, em novembro de 2017.

Ela assumiu a Corte de Contas com a missão de fortalecer o Controle Externo, tornando cada vez mais célere, eficiente e eficaz os julgamentos das prestações de contas, sem esquecer de dar continuidade às ações pedagógicas, por meio da Escola de Contas Públicas, que cresceram muito nos últimos anos, fazendo uma administração sempre aberta e transparente à sociedade.

Durante a sua gestão, a Corte de Contas passou por uma reestruturação e modernização em todos os aspectos. Quanto à infraestrutura, o TCE foi completamente reformado, com adequação dos três prédios que compõem a Corte de Contas às novas normas que tratam da acessibilidade.

Quanto aos sistemas eletrônicos, a Corte de Contas ganhou um novo Data Center, além de um moderno conjunto de sistemas interligados que garantem a fiscalização dos recursos públicos e, até mesmo, auditorias em tempo real teletransmitidas, gerando economia de recursos, transparência e eficiência nas ações do TCE-AM.

Quanto a fiscalização dos gastos públicos, o TCE-AM criou robôs que atuam analisando automaticamente todas as publicações e gastos públicos dentro de parâmetros pré-estabelecidos, houve a emissão de alertas aos gestores para que corrigissem eventuais falhas, evitando a má-aplicação dos recursos públicos, além disto, foram criados manuais de procedimentos que otimizaram as ações da Corte de Contas.

 

 

Empresário que teve imagem associada a movimento grevista será indenizado em 150 mil reais por danos morais.


A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) negou provimento a recurso de apelação e condenou uma Editora a indenizar em 150 mil reais um microempresário amazonense cuja imagem foi divulgada na capa de uma revista de circulação nacional, sendo esta imagem associada à sua participação em movimento grevista deflagrado na cidade de São Paulo.

Na edição do dia 3 de maio de 2017, a referida revista retrata uma manifestação popular ocorrida no centro da capital paulista e o autor da Ação, que estava na cidade para participar de um evento de empreendedorismo, foi fotografado ao atravessar uma rua e teve sua imagem destacada na capa da edição.

Alegando que sua imagem foi associada ao movimento grevista, o microempresário ingressou com uma ação judicial por danos morais, informando nos autos, que ao ser associado à manifestação grevista, foi vítima de perseguição em redes sociais e perdeu vários contratos de serviços.

A editora que já havia sido condenada em primeira instância pelo juiz Márcio Rothier Pinheiro Torres, da 12a. Vara Cível e de Acidentes de Trabalho apelou, da sentença, entretanto, teve o pedido negado e o valor indenizatório majorado em 2a. instância.

O caso

Nos autos do processo, os representantes do microempresário amazonense informam que este foi fotografado no momento em que saia de um hotel e atravessava uma rua para entrar em um veículo que o aguardava. “Ressalta-se que naquele momento, podia-se observar inúmeros transeuntes andando rapidamente e até correndo para tentar sair da área de conflito onde a situação de tensão era muito grande com a iminência de um conflito violento entre policiais e os desordeiros”, dizem os representantes do microempresário nos autos.

Na inicial do processo, os representantes do microempresário amazonense apontam que, após a publicação de sua imagem, “pouco depois e nos dias que se seguiram, o requerente passou a vivenciar incontáveis episódios constrangedores e vexatórios, tanto advindo do grupo social do qual faz parte como de estranhos que, a partir da capa da revista, reagiram publicando suas opiniões nas redes sociais (…) Estranhamente, após a publicação, o requerente perdeu a chance de celebração de contratos com novos fornecedores, objetivo de sua viagem”, diz a inicial do processo.

Nos autos, a defesa da Editora alegou que “a fotografia tem cunho eminentemente jornalístico para retratar protesto que pretendia parar a cidade e não obteve êxito, tanto que havia um trabalhador andando normalmente na rua e que poderia ser qualquer pessoa que estava em um local público próximo das manifestações”. Relatou ainda que a jurisprudência e a doutrina pátria são uníssonas em afirmar que o uso da imagem não depende de autorização quando se tratar de pessoa fotografada em ambiente não privativo.

Decisão

De acordo com o voto do relator da Apelação (0627611-92.2017.8.04.0001), desembargador João de Jesus Abdala Simões, a imagem do microempresário foi utilizada na capa da revista com o fito de retratar uma manifestação popular “sendo que este, embora estivesse em local público e com grande concentração de pessoas, teve sua imagem colocada em destaque na capa de uma das maiores revistas do país, bem como foi associado a um manifestante”, apontou o desembargador em seu voto, acrescentando que, no caso presente, a publicação criou uma redoma, absolutamente irreal, em torno de alguém.

O relator afirmou, ainda, que “a doutrina e a jurisprudência explicitam mitigações ao direito à imagem, isto é, há casos em que é dispensada a autorização para utilização de imagem de pessoas. Entre outros casos, pode-se salientar as fotos de multidões ou lugares públicos; se não destacam alguém em especial, não lesam o direito à imagem”, apontou o magistrado.

No que tange aos danos morais, o relator fixou o valor indenizatório em R$ 100 mil, sendo este majorado para R$ 150 mil considerando o entendimento do colegiado de desembargadores da Terceira Câmara Cível da Corte Estadual que acompanhou por maioria de votos o entendimento do desembargador Airton Luís Corrêa Gentil.

 

Gustavo de Castro Sotero é acusado de homicídio e tentativa de homicídio em crime que vitimou Wilson Justo Filho em uma casa de show localizada na zona Oeste de Manaus.

A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus dará início, na próxima terça-feira (29), em Manaus, ao julgamento de Gustavo de Castro Sotero, que é réu no processo nº 0641996-45.2017.8.04.0001, acusado de homicídio contra Wilson Justo Filho em crime que ocorreu no dia 27 de novembro de 2017, em uma casa de show localizada na zona Oeste de Manaus.

No mesmo processo, o mesmo réu é acusado de tentativa de homicídio contra Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira (esposa de Wilson), Maurício Carvalho Rocha e Yuri José Paiva Dácio de Souza.

A sessão de julgamento será realizada no plenário principal do Fórum Ministro Henoch Reis e será presidida pelo juiz de Direito Celso Souza de Paula, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. O mesmo júri contará com a participação do promotor de Justiça George Pestana, representando o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE).

Na sessão do Tribunal do Júri, 14 testemunhas, de defesa e acusação, serão ouvidas, além de três vítimas. Para o júri, também foram convocados dois peritos.

No júri, durante o período destinado ao debate, será disponibilizado o tempo de 1h30 para acusação e o mesmo tempo para a defesa. Em caso de réplica e de tréplica, o magistrado presidente da sessão concederá mais 1 hora para acusação e defesa.

Roteiro

Para evitar o cansaço dos jurados, o juiz Celso Souza de Paula antecipou que, no caso de se estender por mais de um dia, a sessão de julgamento será interrompida sempre às 20h30, recomeçando no dia seguinte às 9h. A perspectiva é que o júri seja concluído em três dias.

Na abertura do júri, no dia 29 de outubro, às 9h, será realizada a abertura da sessão com o sorteio dos jurados e na sequência: oitiva das vítimas, das testemunhas de acusação e das que forem em comum com as de defesa.

No dia 30 de outubro, a partir das 9h, serão realizadas as oitivas das testemunhas de defesa, dos assistentes técnicos da acusação e da defesa.

No dia 31 de outubro às 9h, serão realizados o interrogatório do acusado, os debates, a quesitação e prolatação da sentença.

Orientações para a imprensa

Para os profissionais da imprensa, o juiz Celso Souza de Paula definiu que entrevistas serão realizadas, sempre, antes do início de cada sessão, programadas para iniciar às 9h. As entrevistas deverão ocorrer, por determinação do juiz, sempre, em espaço fora do plenário de julgamento.

Os profissionais da imprensa, segundo o juiz, poderão acompanhar as sessões na plateia, porém, ao registrar imagens (em vídeo ou fotos) deverão, obrigatoriamente, preservar as imagens dos jurados.

 

Julgamentos de feminicídios (homicídios praticados ou tentados contra mulheres) foram priorizados pela Justiça Estadual na 3ª edição do Mutirão do Júri, promovida nesta semana em Manaus.

O Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou e condenou o réu Roberto Araújo dos Santos a 18 anos de reclusão, em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado (feminicídio) contra sua companheira, Darcley Soares Colares.

A Sessão de julgamento foi realizada no Plenário do Júri localizado no Fórum Ministro Henoch Reis, como parte da 3ª edição do Mutirão do Júri, promovido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), no período de 14 a 18 de outubro.

A sessão foi presidida pelo juiz de Direito titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, George Hamilton Lins Barroso, tendo a participação do promotor de justiça George Pestana Vieira.

O crime

De acordo com o Inquérito Policial que gerou denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE), no dia 19 de outubro de 2014, por volta das 19h, num quitinete, localizado na Rua Pedro Lima, Rio Piorini, Colônia Terra Nova, o réu, esfaqueou Darcley Soares Colares, que veio a óbito. Segundo testemunhas, ambos conviviam maritalmente havia quatro meses, contudo, possuíam um relacionamento conturbado com o registro de brigas e agressões físicas praticadas pelo acusado.

Mutirão do Júri

Chegando à terceira edição, o projeto “Mutirão do Júri” foi idealizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas para impulsionar o julgamento de crimes dolosos contra a vida e conexos. Realizado nesta semana, no período de 14 a 18 de outubro, o Mutirão também priorizou o julgamento de feminicídios (homicídios praticados ou tentado contra mulheres).

No Mutirão, os julgamentos ocorreram simultaneamente em 17 auditórios contando com a participação de 24 juízes – oriundos de comarcas do interior e de Varas de Justiça da capital – para o desenvolvimento dos trabalhos; além de promotores de Justiça (oriundos do Ministério Público Estadual) e de defensores públicos (oriundos da Defensoria Pública Estadual).

No âmbito da Justiça Estadual, o projeto “Mutirão do Júri” é coordenado pelo desembargador José Hamilton Saraiva e subcoordenado pela juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira.

Interior

O Mutirão, realizado na capital, reforça as ações da Justiça Estadual para a consolidação, pela Corte como um todo, da Meta 8 que foi estipulada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) motivando os tribunais para priorizar o julgamento dos processos relacionados ao feminicídio e à violência doméstica e familiar contra as mulheres Nas Comarcas do interior do Amazonas, a plataforma de monitoramento de metas do TJAM revelou, em agosto deste ano, que, pela primeira vez, a Justiça Estadual atingiu e ultrapassou a marca de 100% no julgamento de processos de feminicídio nos municípios.

 

Promovido pela Justiça Estadual, 3.ª edição do projeto “Mutirão do Júri” está priorizando o julgamento de casos de feminicídio registrados em Manaus.


O conselho de sentença da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Justiça Estadual condenou o réu José Luiz Lopes a 17 anos e 6 meses de reclusão pelo homicídio de Caroline de Souza Costa. O crime ocorreu no ano de 2018, no bairro Santa Etelvina, zona Leste de Manaus, com a vítima sendo esfaqueada pelo denunciado, após negar-se, segundo testemunhas, a ter relacionamento amoroso com esse.

O crime é um dos vários casos de feminicídio que consta na pauta de julgamentos da 3.ª edição do projeto “Mutirão do Júri” idealizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e que conta com mais de 150 processos na pauta de julgamentos desta semana.

A sessão de julgamento que condenou o réu José Luiz Lopes foi presidida pela juíza de Direito Ana Paula de Medeiros Braga que, após decisão do conselho de sentença (jurados), fixou a pena do acusado em 17 anos e seis meses de reclusão em regime, inicialmente, fechado.

Na sentença, a magistrada evidenciou a culpabilidade do réu, os motivos e circunstâncias do crime. “Conforme se depreende dos autos, bem como de acordo com depoimentos prestados em Plenário, a vítima foi assassinada em sua residência, tendo suas vísceras expostas na presença de sua filha menor de idade, o que agrava a conduta do réu. As consequências do crime, de igual forma, serão valoradas de forma negativa, pois a morte da vítima com filhos menores é fundamento válido para justificar o desvalor das consequências da prática delitiva, pois extrapola em muito os limites inerentes ao tipo penal”, citou a juíza Ana Paula de Medeiros Braga, na sentença.

O crime

Conforme inquérito policial presente nos autos do Processo n.º 0627022-66.2018.8.04.0001 o crime ocorreu, às 17h30, do dia 21 de junho de 2018, em frente da residência da vítima onde, na frente de sua filha de oito anos de idade, Caroline de Souza Costa recebeu sete facadas, desferidas por José Luiz Lopes que, segundo relato de testemunhas, flertava com a vítima, mas não conseguiu relacionar-se com ela.

Após decisão do conselho de sentença, o acusado foi condenado como incurso nas penas do art. 121 parágrafo 2.º, inciso I e IV, do Código Penal Brasileiro.

Mutirão do Júri

Chegando à terceira edição, o projeto “Mutirão do Júri” foi idealizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas para impulsionar o julgamento de crimes dolosos contra a vida e conexos.

Iniciado na última segunda-feira (14) e se estendendo até a próxima sexta-feira (18), o Mutirão também está priorizando o julgamento de feminicídios (homicídios praticados ou tentado contra mulheres), tendo concluído seis julgamentos do gênero, somente nos dois primeiros dias de sessão.

No Mutirão, os julgamentos ocorrem simultaneamente em 17 auditórios e conta com a participação de 24 juízes – oriundos de comarcas do interior e de Varas de Justiça da capital – para o desenvolvimento dos trabalhos; além de promotores de Justiça (oriundos do Ministério Público Estadual) e de defensores públicos (oriundos da Defensoria Pública Estadual).

No âmbito da Justiça Estadual, o projeto Mutirão do Júri é coordenado pelo desembargador José Hamilton Saraiva e subcoordenado pela juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira.

Interior atinge Meta

O Mutirão, realizado na capital, reforça as ações da Justiça Estadual para a consolidação, pela Corte como um todo, da Meta 8 que foi estipulada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) motivando os tribunais para priorizar o julgamento dos processos relacionados ao feminicídio e à violência doméstica e familiar contra as mulheres.

Nas Comarcas do interior do Amazonas, a plataforma de monitoramento de metas do TJAM revelou, em agosto deste ano, que, pela primeira vez, a Justiça Estadual atingiu e ultrapassou a marca de 100% no julgamento de processos de feminicídio nos municípios.

A informação foi confirmada e divulgada pelo Comitê da Mulher em Situação de Risco, do TJAM , que tem como coordenadora estadual a desembargadora Carla Maria dos Santos Reis e como subcoordenadora a juíza auxiliar da presidência da Corte, Elza Vitória de Mello.

 

Realizada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, terceira edição do Mutirão do Júri foi iniciada nesta segunda-feira (14), em Manaus.


O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) iniciou nesta segunda-feira (14) a terceira edição do projeto “Mutirão do Júri”. O objetivo do mutirão é julgar casos de homicídio e feminicídio que tramitam nas três Varas do Tribunal de Júri da Comarca de Manaus. Nessa terceira edição, mais de 150 processos foram pautados e as sessões se estenderão até a próxima sexta-feira (18).

Nessa edição, as Sessões de Julgamento ocorrem em 17 auditórios, distribuídos no Fórum Ministro Henoch Reis; Fórum Cível Euza Naice de Vasconcelos; Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB/AM); Escola Superior Batista do Amazonas (ESBAM) e Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam).

Para presidir o número expressivo de audiências no Tribunal do Júri, 24 magistrados, que atuam na capital e interior, foram convocados. Para auxiliar os trabalhos, o Ministério Público Estadual (MPE-AM) designou promotores de justiça para atuarem na acusação e a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), da mesma forma, designou defensores públicos para os réus que não têm recursos para custear advogados particulares.

O projeto é coordenado pelo desembargador José Hamilton Saraiva e tem como subcoordenadora a juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira.

Metas

A subcoordenadora do Projeto, magistrada Mirza Telma de Oliveira, informou que espera que todas as sessões pautadas sejam realizadas com êxito. “Nosso esforço conjunto é no sentido de concluirmos a pauta estabelecida, com o apoio de nossos juízes; servidores; membros do MPE-AM; da Defensoria; assim como dos advogados e jurados. As primeiras duas edições do Mutirão foram exitosas e esperamos alcançar os mesmos objetivos nesta terceira edição”, apontou a magistrada.

No início dos trabalhos, o juiz de Direito James Oliveira dos Santos, que atua na Comarca de Urucará/AM, e que foi destacado para presidir dez sessões de julgamento destacou o empenho de todos os envolvidos no Mutirão, no sentido de cumprir as Metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “A expectativa é de realização de todas as dez sessões de julgamento, as quais estou responsável. No final de semana estudei os processos e verifiquei que todos já tiveram cumpridas as intimações e há de se destacar o trabalho de todos os magistrados e servidores; além do papel do Ministério Público e da Defensoria Pública do Amazonas, que destacaram vários de seus membros para participar do mutirão”, disse o magistrado.

Estrutura

Para o desenvolvimento e organização dos júris previstos, o TJAM mobilizou um número expressivo de servidores, envolvendo as Divisões de Planejamento; de Engenharia; de Tecnologia da Informação; de Infraestrutura e Logística; de Cerimonial; de Divulgação; além das Secretarias do Tribunal Pleno e das Câmaras Cíveis; da Assistência Militar e da Escola Superior de Magistratura do Amazonas (Esmam) e servidores das três Varas do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus.

O projeto Mutirão do Júri do TJAM tem a coordenação do desembargador José Hamilton Saraiva, com a juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira, atuando como subcoordenadora.

Após a realização do Mutirão, iniciado nesta segunda-feira (14), sua quarta edição está prevista para março de 2020.

urso de Aperfeiçoamento: Justiça e Mídia” é uma iniciativa inédita do Judiciário Estadual


Pela primeira vez na história do Judiciário amazonense, juízes e servidores da casa vão dedicar, pelos próximos nove meses, um dia no mês para trocar experiências com jornalistas que atuam na cobertura do Poder. O “Curso de Aperfeiçoamento: Justiça e Mídia”, que será lançado oficialmente na próxima segunda-feira (14) é uma iniciativa da Presidência do Tribunal – em parceria com a Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam) e com a Associação de Magistrados do Amazonas (Amazon) – e pretende dar ainda mais transparência aos atos e funcionamento da instituição, explicando como cada setor ou jurisdição funciona. O curso, cuja abertura acontece na segunda-feira (14) às 14h, na sede do Tribunal, tem o apoio da Associação dos Notários e Registradores do Amazonas (Anoreg-AM) e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas.

“É importante ressaltar que não vamos dar aula de Direito. Neste caso, vamos usar alguns conhecimentos de leis para poder explicar de forma detalhada como funciona a Justiça e, com isso, partindo de um entendimento melhor do nosso trabalho, o jornalista, que tem papel fundamental na divulgação de nossos atos, poderá ajudar a sociedade a compreender de forma correta o que está sendo decidido aqui” ressaltou o juiz de Direito e coordenador do Curso, Alexandre Novaes.

Para a primeira turma – que já está com lotação completa – foram convidados 30 jornalistas de diversos canais de Rádio, TV, Jornal e Internet, que representam todos os meios de comunicação com atuação no Estado do Amazonas. Em cada módulo eles poderão trocar experiências, tirar dúvidas e conhecer um pouco mais sobre o trabalho do Judiciário com quatro palestras, ministradas por magistrados e servidores selecionados de a acordo com sua área de atuação no Sistema de Justiça.

O Curso terá 10 módulos e, em cada um, serão tratados quatro temas diferentes. Ao final, o jornalista terá uma formação completa de como se estrutura e age todo o Sistema de Justiça, já que entre os conteúdos está prevista, também, a participação de membros da OAB, do MPE e da Defensoria Pública, completando o tripé da Justiça. Ao final de 10 meses, os participantes terão completado 60 horas de capacitação e receberão um diploma de conclusão do curso.

Logo após a abertura, os participantes já iniciarão o primeiro Módulo que tratará da “Estrutura do Judiciário Brasileiro e Amazonense”, que será ministrada pelo Dr. Rodrigo Bastos; “Números e Estatísticas do Judiciário”, ministrado pelo Dr. Ricardo Câmara, coordenador do Núcleo de Estatística e Acompanhamento de Metas do TJAM; “Graus, Competências e Recursos no Judiciário”, ministrado pelo juiz de Direito auxiliar da corregedoria de Justiça do TJAM, Flávio Henrique Feitas; além disso, os participantes vão aprender em detalhes como consultar os sistemas de gestão processual (SAJ e Projud), com o Dr. Thiago Facundo, diretor de Tecnologia da Informação do TJAM.

Além de jornalistas, a iniciativa vai envolver também outros 20 juízes que participarão de cinco módulos de media training, focando na capacitação da magistratura em se relacionar de forma correta com a mídia. Nesta etapa, eles participarão de oficinas de Televisão e Rádio; de oratória e de comunicação na web.

 

Os dados são relativos às baixas de processos do interior e da capital no período de 30 de setembro a 4 do outubro de 2019.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) procedeu a baixa de 15.623 processos durante a 2.ª edição da “Semana de Baixas Processuais”, realizada no período de 30 de setembro a 4 de outubro, nas comarcas do interior e Varas da capital. De acordo com o balanço apresentado nesta quarta-feira (9) pela coordenação do projeto, as cinco unidades judiciárias que mais se destacaram no período de esforço concentrado, foram: a 2.ª Vara de Iranduba, com 1.978 baixas efetivadas; o 3.º Juizado de Família, que funciona no Fórum Azarias Menescal, com 1.147 baixas; o 2.º Juizado Especializado de Combate à Violência Familiar (Maria da Penha), com 975 baixas; a Vara Única da Comarca de Borba, com 429, e o 1.º Juizado Especial da Comarca de Parintins, com 400 baixas.

A ação foi instituída pela Portaria n.º 1.052, de maio de 2019, assinada pelo presidente da Corte Estadual, desembargador Yedo Simões de Oliveira. O período de esforço concentrado foi presidido pelo coordenador da Comissão de Acompanhamento das Metas Nacionais do Poder Judiciário, desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos; teve o apoio da Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicação; da Divisão de Planejamento da Corte e da Coordenadoria do Núcleo Estatístico e da Gestão Estratégica do TJAM.

Para a juíza coordenadora da ação, Andréa Jane Silva de Medeiros, o Judiciário cumpre seu papel ao realizar projetos como o da “Semana de Baixas Processuais”. “Foi de vital importância o envolvimento dos magistrados e dos servidores da capital e do interior. Com esse projeto, conseguimos atingir o objetivo de contribuir para que as unidades judiciárias reduzissem as taxas de congestionamento processual e melhorassem os seus IPC-Jus (Índice de Produtividade Comparada)”, acrescentou a juíza Andréa Jane.

Durante a semana, as comarcas do interior e da capital, em regime de mutirão, fizeram a análise de todos os processos não baixados, com o objetivo de efetivar o trânsito em julgado ou a remessa em grau de recurso, a baixa ou arquivamento definitivo desses.

Na primeira edição do evento, realizada no período de 10 a 14 de junho deste ano, com a participação somente das unidades judiciárias do interior do Estado, o período de esforço concentrado registrou a baixa definitiva de 14.414 processos.

 

 

Procedimentos no sistema Projudi foram iniciados na segunda-feira (7) e devem agilizar fluxos processuais e reduzir gastos públicos.

Em processos que tramitam em comarcas do interior, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) passou, nesta semana, a citar e intimar empresas grandes de maneira eletrônica. Iniciada na última segunda-feira (7) a providência do Judiciário Estadual, por determinação do presidente da Corte Estadual, desembargador Yedo Simões, tem como objetivos primordiais eliminar trâmites burocráticos; dar celeridade aos processos e reduzir gastos públicos.

Até o presente momento, 51 instituições já aderiram voluntariamente à proposta do TJAM, incluindo, instituições bancárias; empresas de concessão de crédito financeiro; empresas de telefonia; seguradoras; administradoras de cartão de crédito; administradoras de consórcio; companhias aéreas e outras.

O procedimento de citação e intimação está sendo viabilizado pelo sistema Projudi e deve abranger todas as comarcas do interior do Estado, a exemplo do que já acontece na Comarca de Manaus com o sistema SAJ. Os dois sistemas de automação judicial, Projudi e SAJ, são utilizados pela Justiça Estadual, respectivamente, no interior e na capital.

De acordo com o coordenador da área cível do TJAM, desembargador Délcio Luís Santos, a sociedade será beneficiada com maior agilidade na tramitação processual. “Até então, mandados e citações demandam tempo para serem devolvidos com o devido cumprimento (ao processo). Agora, por meio eletrônico, essa resposta será instantânea, beneficiando, assim, as partes com maior celeridade processual”, apontou o desembargador, indicando que a providência também traz ganhos aos cofres públicos com a redução de gastos.

A diminuição dos custos logísticos em relação a intimações e citações físicas também foi evidenciada pelo juiz de Direito Roberto dos Santos Taketomi, que esteve à frente da equipe que delineou a proposta. “É uma medida que veio para agilizar e dar fluidez ao fluxo de processos, além de prezar pela economia de recursos públicos, uma vez que poderá ser dispensada a utilização dos serviços dos Correios – contratado pelo Judiciário – e dispensará, para este serviço, especificamente, o trabalho de oficiais de justiça, que poderão ser designados para outras atividades, também de sua competência”, apontou o juiz.

Ainda com relação à economia de gastos públicos, o juiz Roberto dos Santos Taketomi especificou que as empresas grandes litigantes – no que tange ao procedimento de comunicação processual – respondem por excessiva demanda na Justiça Estadual, e o projeto impactará positivamente neste serviço. “É válido ressaltar que temos comarcas do interior que recebem até mil processos contra apenas uma instituição grande demandada. E com esses mil processos ingressando na Justiça, são gerados mil mandatos (físicos); mil impressões e mil diligências, com cada uma dessas diligências ao custo, médio, de 27 reais. Com esse projeto, semelhante ao que já ocorre na Comarca de Manaus, esses gastos serão reduzidos drasticamente”, apontou o magistrado.

No Judiciário Estadual, o procedimento técnico, que antecedeu a disponibilização do sistema, se deu de forma integrada pelas equipes do Projudi, da Divisão de Tecnologia da Informação Comunicação (DVTIC/TJAM), coordenação da área Cível.

Como aderir

Atualmente, 51 instituições grandes demandas no Amazonas já aderiram voluntariamente à proposta do TJAM e aquelas que tiverem interesse em aderir de forma espontânea à proposta do TJAM, podem fazê-lo preenchendo o Termo de Adesão ao Sistema de Intimação Eletrônica no link a seguir: https://www.tjam.jus.br/index.php/termo-de-adesao-ao-sistema-de-citacao-e-intimacao-eletronica?view=form

 

 

O trabalho prossegue durante todo o mês de outubro e deve ser concluído nos primeiros dias de novembro.


A 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus interrogou, no decorrer desta semana, 28 réus acusados de participação na chacina ocorrida no dia 1.º de janeiro de 2017, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou na morte de 56 internos.

Os interrogatórios tiveram início na terça-feira (1º) e, nesta sexta-feira (4) mais um réu seria ouvido, em processo que tem sete acusados. No entanto, beneficiado por prisão domiciliar, o réu não compareceu à audiência. Outros seis réus que figuram no mesmo processo estão em presídios federais e serão ouvidos por carta precatória.

Pela programação da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, os interrogatórios relativos à chacina vão acontecer durante o mês de outubro e, também, na primeira semana do mês de novembro.

Os interrogatórios dos réus presos em Manaus estão sendo realizados no Fórum Ministro Henoch Reis que, nos dias das audiências, tem mantido um esquema especial de segurança. Os réus presos em presídios federais (total de 17) serão todos ouvidos por carta precatória.

Na primeira fase da instrução já foram ouvidas testemunhas de acusação e de defesa. Após ouvir todos os réus, os três juízes que respondem pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus poderão proferir a sentença de pronúncia.

Para facilitar a instrução, em comum acordo com o Ministério Público do Estado do Amazonas, o processo principal foi desmembrado em 22 processos, sendo um processo com quatro acusados; um processo com sete acusados; dois processos com onze acusados e 18 processos com dez acusados.

A Ação Penal começou com 213 réus, porém, 07 morreram durante a instrução e agora 206 respondem pela autoria de 56 homicídios qualificados; seis tentativas de homicídio; 46 vilipêndios de cadáveres; tortura em 26 vítimas e organização criminosa.