Julgamentos de feminicídios (homicídios praticados ou tentados contra mulheres) foram priorizados pela Justiça Estadual na 3ª edição do Mutirão do Júri, promovida nesta semana em Manaus.

O Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou e condenou o réu Roberto Araújo dos Santos a 18 anos de reclusão, em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado (feminicídio) contra sua companheira, Darcley Soares Colares.

A Sessão de julgamento foi realizada no Plenário do Júri localizado no Fórum Ministro Henoch Reis, como parte da 3ª edição do Mutirão do Júri, promovido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), no período de 14 a 18 de outubro.

A sessão foi presidida pelo juiz de Direito titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, George Hamilton Lins Barroso, tendo a participação do promotor de justiça George Pestana Vieira.

O crime

De acordo com o Inquérito Policial que gerou denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE), no dia 19 de outubro de 2014, por volta das 19h, num quitinete, localizado na Rua Pedro Lima, Rio Piorini, Colônia Terra Nova, o réu, esfaqueou Darcley Soares Colares, que veio a óbito. Segundo testemunhas, ambos conviviam maritalmente havia quatro meses, contudo, possuíam um relacionamento conturbado com o registro de brigas e agressões físicas praticadas pelo acusado.

Mutirão do Júri

Chegando à terceira edição, o projeto “Mutirão do Júri” foi idealizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas para impulsionar o julgamento de crimes dolosos contra a vida e conexos. Realizado nesta semana, no período de 14 a 18 de outubro, o Mutirão também priorizou o julgamento de feminicídios (homicídios praticados ou tentado contra mulheres).

No Mutirão, os julgamentos ocorreram simultaneamente em 17 auditórios contando com a participação de 24 juízes – oriundos de comarcas do interior e de Varas de Justiça da capital – para o desenvolvimento dos trabalhos; além de promotores de Justiça (oriundos do Ministério Público Estadual) e de defensores públicos (oriundos da Defensoria Pública Estadual).

No âmbito da Justiça Estadual, o projeto “Mutirão do Júri” é coordenado pelo desembargador José Hamilton Saraiva e subcoordenado pela juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira.

Interior

O Mutirão, realizado na capital, reforça as ações da Justiça Estadual para a consolidação, pela Corte como um todo, da Meta 8 que foi estipulada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) motivando os tribunais para priorizar o julgamento dos processos relacionados ao feminicídio e à violência doméstica e familiar contra as mulheres Nas Comarcas do interior do Amazonas, a plataforma de monitoramento de metas do TJAM revelou, em agosto deste ano, que, pela primeira vez, a Justiça Estadual atingiu e ultrapassou a marca de 100% no julgamento de processos de feminicídio nos municípios.

 

Promovido pela Justiça Estadual, 3.ª edição do projeto “Mutirão do Júri” está priorizando o julgamento de casos de feminicídio registrados em Manaus.


O conselho de sentença da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Justiça Estadual condenou o réu José Luiz Lopes a 17 anos e 6 meses de reclusão pelo homicídio de Caroline de Souza Costa. O crime ocorreu no ano de 2018, no bairro Santa Etelvina, zona Leste de Manaus, com a vítima sendo esfaqueada pelo denunciado, após negar-se, segundo testemunhas, a ter relacionamento amoroso com esse.

O crime é um dos vários casos de feminicídio que consta na pauta de julgamentos da 3.ª edição do projeto “Mutirão do Júri” idealizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e que conta com mais de 150 processos na pauta de julgamentos desta semana.

A sessão de julgamento que condenou o réu José Luiz Lopes foi presidida pela juíza de Direito Ana Paula de Medeiros Braga que, após decisão do conselho de sentença (jurados), fixou a pena do acusado em 17 anos e seis meses de reclusão em regime, inicialmente, fechado.

Na sentença, a magistrada evidenciou a culpabilidade do réu, os motivos e circunstâncias do crime. “Conforme se depreende dos autos, bem como de acordo com depoimentos prestados em Plenário, a vítima foi assassinada em sua residência, tendo suas vísceras expostas na presença de sua filha menor de idade, o que agrava a conduta do réu. As consequências do crime, de igual forma, serão valoradas de forma negativa, pois a morte da vítima com filhos menores é fundamento válido para justificar o desvalor das consequências da prática delitiva, pois extrapola em muito os limites inerentes ao tipo penal”, citou a juíza Ana Paula de Medeiros Braga, na sentença.

O crime

Conforme inquérito policial presente nos autos do Processo n.º 0627022-66.2018.8.04.0001 o crime ocorreu, às 17h30, do dia 21 de junho de 2018, em frente da residência da vítima onde, na frente de sua filha de oito anos de idade, Caroline de Souza Costa recebeu sete facadas, desferidas por José Luiz Lopes que, segundo relato de testemunhas, flertava com a vítima, mas não conseguiu relacionar-se com ela.

Após decisão do conselho de sentença, o acusado foi condenado como incurso nas penas do art. 121 parágrafo 2.º, inciso I e IV, do Código Penal Brasileiro.

Mutirão do Júri

Chegando à terceira edição, o projeto “Mutirão do Júri” foi idealizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas para impulsionar o julgamento de crimes dolosos contra a vida e conexos.

Iniciado na última segunda-feira (14) e se estendendo até a próxima sexta-feira (18), o Mutirão também está priorizando o julgamento de feminicídios (homicídios praticados ou tentado contra mulheres), tendo concluído seis julgamentos do gênero, somente nos dois primeiros dias de sessão.

No Mutirão, os julgamentos ocorrem simultaneamente em 17 auditórios e conta com a participação de 24 juízes – oriundos de comarcas do interior e de Varas de Justiça da capital – para o desenvolvimento dos trabalhos; além de promotores de Justiça (oriundos do Ministério Público Estadual) e de defensores públicos (oriundos da Defensoria Pública Estadual).

No âmbito da Justiça Estadual, o projeto Mutirão do Júri é coordenado pelo desembargador José Hamilton Saraiva e subcoordenado pela juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira.

Interior atinge Meta

O Mutirão, realizado na capital, reforça as ações da Justiça Estadual para a consolidação, pela Corte como um todo, da Meta 8 que foi estipulada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) motivando os tribunais para priorizar o julgamento dos processos relacionados ao feminicídio e à violência doméstica e familiar contra as mulheres.

Nas Comarcas do interior do Amazonas, a plataforma de monitoramento de metas do TJAM revelou, em agosto deste ano, que, pela primeira vez, a Justiça Estadual atingiu e ultrapassou a marca de 100% no julgamento de processos de feminicídio nos municípios.

A informação foi confirmada e divulgada pelo Comitê da Mulher em Situação de Risco, do TJAM , que tem como coordenadora estadual a desembargadora Carla Maria dos Santos Reis e como subcoordenadora a juíza auxiliar da presidência da Corte, Elza Vitória de Mello.

 

Realizada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, terceira edição do Mutirão do Júri foi iniciada nesta segunda-feira (14), em Manaus.


O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) iniciou nesta segunda-feira (14) a terceira edição do projeto “Mutirão do Júri”. O objetivo do mutirão é julgar casos de homicídio e feminicídio que tramitam nas três Varas do Tribunal de Júri da Comarca de Manaus. Nessa terceira edição, mais de 150 processos foram pautados e as sessões se estenderão até a próxima sexta-feira (18).

Nessa edição, as Sessões de Julgamento ocorrem em 17 auditórios, distribuídos no Fórum Ministro Henoch Reis; Fórum Cível Euza Naice de Vasconcelos; Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB/AM); Escola Superior Batista do Amazonas (ESBAM) e Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam).

Para presidir o número expressivo de audiências no Tribunal do Júri, 24 magistrados, que atuam na capital e interior, foram convocados. Para auxiliar os trabalhos, o Ministério Público Estadual (MPE-AM) designou promotores de justiça para atuarem na acusação e a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), da mesma forma, designou defensores públicos para os réus que não têm recursos para custear advogados particulares.

O projeto é coordenado pelo desembargador José Hamilton Saraiva e tem como subcoordenadora a juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira.

Metas

A subcoordenadora do Projeto, magistrada Mirza Telma de Oliveira, informou que espera que todas as sessões pautadas sejam realizadas com êxito. “Nosso esforço conjunto é no sentido de concluirmos a pauta estabelecida, com o apoio de nossos juízes; servidores; membros do MPE-AM; da Defensoria; assim como dos advogados e jurados. As primeiras duas edições do Mutirão foram exitosas e esperamos alcançar os mesmos objetivos nesta terceira edição”, apontou a magistrada.

No início dos trabalhos, o juiz de Direito James Oliveira dos Santos, que atua na Comarca de Urucará/AM, e que foi destacado para presidir dez sessões de julgamento destacou o empenho de todos os envolvidos no Mutirão, no sentido de cumprir as Metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “A expectativa é de realização de todas as dez sessões de julgamento, as quais estou responsável. No final de semana estudei os processos e verifiquei que todos já tiveram cumpridas as intimações e há de se destacar o trabalho de todos os magistrados e servidores; além do papel do Ministério Público e da Defensoria Pública do Amazonas, que destacaram vários de seus membros para participar do mutirão”, disse o magistrado.

Estrutura

Para o desenvolvimento e organização dos júris previstos, o TJAM mobilizou um número expressivo de servidores, envolvendo as Divisões de Planejamento; de Engenharia; de Tecnologia da Informação; de Infraestrutura e Logística; de Cerimonial; de Divulgação; além das Secretarias do Tribunal Pleno e das Câmaras Cíveis; da Assistência Militar e da Escola Superior de Magistratura do Amazonas (Esmam) e servidores das três Varas do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus.

O projeto Mutirão do Júri do TJAM tem a coordenação do desembargador José Hamilton Saraiva, com a juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira, atuando como subcoordenadora.

Após a realização do Mutirão, iniciado nesta segunda-feira (14), sua quarta edição está prevista para março de 2020.

urso de Aperfeiçoamento: Justiça e Mídia” é uma iniciativa inédita do Judiciário Estadual


Pela primeira vez na história do Judiciário amazonense, juízes e servidores da casa vão dedicar, pelos próximos nove meses, um dia no mês para trocar experiências com jornalistas que atuam na cobertura do Poder. O “Curso de Aperfeiçoamento: Justiça e Mídia”, que será lançado oficialmente na próxima segunda-feira (14) é uma iniciativa da Presidência do Tribunal – em parceria com a Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam) e com a Associação de Magistrados do Amazonas (Amazon) – e pretende dar ainda mais transparência aos atos e funcionamento da instituição, explicando como cada setor ou jurisdição funciona. O curso, cuja abertura acontece na segunda-feira (14) às 14h, na sede do Tribunal, tem o apoio da Associação dos Notários e Registradores do Amazonas (Anoreg-AM) e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas.

“É importante ressaltar que não vamos dar aula de Direito. Neste caso, vamos usar alguns conhecimentos de leis para poder explicar de forma detalhada como funciona a Justiça e, com isso, partindo de um entendimento melhor do nosso trabalho, o jornalista, que tem papel fundamental na divulgação de nossos atos, poderá ajudar a sociedade a compreender de forma correta o que está sendo decidido aqui” ressaltou o juiz de Direito e coordenador do Curso, Alexandre Novaes.

Para a primeira turma – que já está com lotação completa – foram convidados 30 jornalistas de diversos canais de Rádio, TV, Jornal e Internet, que representam todos os meios de comunicação com atuação no Estado do Amazonas. Em cada módulo eles poderão trocar experiências, tirar dúvidas e conhecer um pouco mais sobre o trabalho do Judiciário com quatro palestras, ministradas por magistrados e servidores selecionados de a acordo com sua área de atuação no Sistema de Justiça.

O Curso terá 10 módulos e, em cada um, serão tratados quatro temas diferentes. Ao final, o jornalista terá uma formação completa de como se estrutura e age todo o Sistema de Justiça, já que entre os conteúdos está prevista, também, a participação de membros da OAB, do MPE e da Defensoria Pública, completando o tripé da Justiça. Ao final de 10 meses, os participantes terão completado 60 horas de capacitação e receberão um diploma de conclusão do curso.

Logo após a abertura, os participantes já iniciarão o primeiro Módulo que tratará da “Estrutura do Judiciário Brasileiro e Amazonense”, que será ministrada pelo Dr. Rodrigo Bastos; “Números e Estatísticas do Judiciário”, ministrado pelo Dr. Ricardo Câmara, coordenador do Núcleo de Estatística e Acompanhamento de Metas do TJAM; “Graus, Competências e Recursos no Judiciário”, ministrado pelo juiz de Direito auxiliar da corregedoria de Justiça do TJAM, Flávio Henrique Feitas; além disso, os participantes vão aprender em detalhes como consultar os sistemas de gestão processual (SAJ e Projud), com o Dr. Thiago Facundo, diretor de Tecnologia da Informação do TJAM.

Além de jornalistas, a iniciativa vai envolver também outros 20 juízes que participarão de cinco módulos de media training, focando na capacitação da magistratura em se relacionar de forma correta com a mídia. Nesta etapa, eles participarão de oficinas de Televisão e Rádio; de oratória e de comunicação na web.

 

Os dados são relativos às baixas de processos do interior e da capital no período de 30 de setembro a 4 do outubro de 2019.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) procedeu a baixa de 15.623 processos durante a 2.ª edição da “Semana de Baixas Processuais”, realizada no período de 30 de setembro a 4 de outubro, nas comarcas do interior e Varas da capital. De acordo com o balanço apresentado nesta quarta-feira (9) pela coordenação do projeto, as cinco unidades judiciárias que mais se destacaram no período de esforço concentrado, foram: a 2.ª Vara de Iranduba, com 1.978 baixas efetivadas; o 3.º Juizado de Família, que funciona no Fórum Azarias Menescal, com 1.147 baixas; o 2.º Juizado Especializado de Combate à Violência Familiar (Maria da Penha), com 975 baixas; a Vara Única da Comarca de Borba, com 429, e o 1.º Juizado Especial da Comarca de Parintins, com 400 baixas.

A ação foi instituída pela Portaria n.º 1.052, de maio de 2019, assinada pelo presidente da Corte Estadual, desembargador Yedo Simões de Oliveira. O período de esforço concentrado foi presidido pelo coordenador da Comissão de Acompanhamento das Metas Nacionais do Poder Judiciário, desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos; teve o apoio da Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicação; da Divisão de Planejamento da Corte e da Coordenadoria do Núcleo Estatístico e da Gestão Estratégica do TJAM.

Para a juíza coordenadora da ação, Andréa Jane Silva de Medeiros, o Judiciário cumpre seu papel ao realizar projetos como o da “Semana de Baixas Processuais”. “Foi de vital importância o envolvimento dos magistrados e dos servidores da capital e do interior. Com esse projeto, conseguimos atingir o objetivo de contribuir para que as unidades judiciárias reduzissem as taxas de congestionamento processual e melhorassem os seus IPC-Jus (Índice de Produtividade Comparada)”, acrescentou a juíza Andréa Jane.

Durante a semana, as comarcas do interior e da capital, em regime de mutirão, fizeram a análise de todos os processos não baixados, com o objetivo de efetivar o trânsito em julgado ou a remessa em grau de recurso, a baixa ou arquivamento definitivo desses.

Na primeira edição do evento, realizada no período de 10 a 14 de junho deste ano, com a participação somente das unidades judiciárias do interior do Estado, o período de esforço concentrado registrou a baixa definitiva de 14.414 processos.

 

 

Procedimentos no sistema Projudi foram iniciados na segunda-feira (7) e devem agilizar fluxos processuais e reduzir gastos públicos.

Em processos que tramitam em comarcas do interior, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) passou, nesta semana, a citar e intimar empresas grandes de maneira eletrônica. Iniciada na última segunda-feira (7) a providência do Judiciário Estadual, por determinação do presidente da Corte Estadual, desembargador Yedo Simões, tem como objetivos primordiais eliminar trâmites burocráticos; dar celeridade aos processos e reduzir gastos públicos.

Até o presente momento, 51 instituições já aderiram voluntariamente à proposta do TJAM, incluindo, instituições bancárias; empresas de concessão de crédito financeiro; empresas de telefonia; seguradoras; administradoras de cartão de crédito; administradoras de consórcio; companhias aéreas e outras.

O procedimento de citação e intimação está sendo viabilizado pelo sistema Projudi e deve abranger todas as comarcas do interior do Estado, a exemplo do que já acontece na Comarca de Manaus com o sistema SAJ. Os dois sistemas de automação judicial, Projudi e SAJ, são utilizados pela Justiça Estadual, respectivamente, no interior e na capital.

De acordo com o coordenador da área cível do TJAM, desembargador Délcio Luís Santos, a sociedade será beneficiada com maior agilidade na tramitação processual. “Até então, mandados e citações demandam tempo para serem devolvidos com o devido cumprimento (ao processo). Agora, por meio eletrônico, essa resposta será instantânea, beneficiando, assim, as partes com maior celeridade processual”, apontou o desembargador, indicando que a providência também traz ganhos aos cofres públicos com a redução de gastos.

A diminuição dos custos logísticos em relação a intimações e citações físicas também foi evidenciada pelo juiz de Direito Roberto dos Santos Taketomi, que esteve à frente da equipe que delineou a proposta. “É uma medida que veio para agilizar e dar fluidez ao fluxo de processos, além de prezar pela economia de recursos públicos, uma vez que poderá ser dispensada a utilização dos serviços dos Correios – contratado pelo Judiciário – e dispensará, para este serviço, especificamente, o trabalho de oficiais de justiça, que poderão ser designados para outras atividades, também de sua competência”, apontou o juiz.

Ainda com relação à economia de gastos públicos, o juiz Roberto dos Santos Taketomi especificou que as empresas grandes litigantes – no que tange ao procedimento de comunicação processual – respondem por excessiva demanda na Justiça Estadual, e o projeto impactará positivamente neste serviço. “É válido ressaltar que temos comarcas do interior que recebem até mil processos contra apenas uma instituição grande demandada. E com esses mil processos ingressando na Justiça, são gerados mil mandatos (físicos); mil impressões e mil diligências, com cada uma dessas diligências ao custo, médio, de 27 reais. Com esse projeto, semelhante ao que já ocorre na Comarca de Manaus, esses gastos serão reduzidos drasticamente”, apontou o magistrado.

No Judiciário Estadual, o procedimento técnico, que antecedeu a disponibilização do sistema, se deu de forma integrada pelas equipes do Projudi, da Divisão de Tecnologia da Informação Comunicação (DVTIC/TJAM), coordenação da área Cível.

Como aderir

Atualmente, 51 instituições grandes demandas no Amazonas já aderiram voluntariamente à proposta do TJAM e aquelas que tiverem interesse em aderir de forma espontânea à proposta do TJAM, podem fazê-lo preenchendo o Termo de Adesão ao Sistema de Intimação Eletrônica no link a seguir: https://www.tjam.jus.br/index.php/termo-de-adesao-ao-sistema-de-citacao-e-intimacao-eletronica?view=form

 

 

O trabalho prossegue durante todo o mês de outubro e deve ser concluído nos primeiros dias de novembro.


A 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus interrogou, no decorrer desta semana, 28 réus acusados de participação na chacina ocorrida no dia 1.º de janeiro de 2017, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou na morte de 56 internos.

Os interrogatórios tiveram início na terça-feira (1º) e, nesta sexta-feira (4) mais um réu seria ouvido, em processo que tem sete acusados. No entanto, beneficiado por prisão domiciliar, o réu não compareceu à audiência. Outros seis réus que figuram no mesmo processo estão em presídios federais e serão ouvidos por carta precatória.

Pela programação da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, os interrogatórios relativos à chacina vão acontecer durante o mês de outubro e, também, na primeira semana do mês de novembro.

Os interrogatórios dos réus presos em Manaus estão sendo realizados no Fórum Ministro Henoch Reis que, nos dias das audiências, tem mantido um esquema especial de segurança. Os réus presos em presídios federais (total de 17) serão todos ouvidos por carta precatória.

Na primeira fase da instrução já foram ouvidas testemunhas de acusação e de defesa. Após ouvir todos os réus, os três juízes que respondem pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus poderão proferir a sentença de pronúncia.

Para facilitar a instrução, em comum acordo com o Ministério Público do Estado do Amazonas, o processo principal foi desmembrado em 22 processos, sendo um processo com quatro acusados; um processo com sete acusados; dois processos com onze acusados e 18 processos com dez acusados.

A Ação Penal começou com 213 réus, porém, 07 morreram durante a instrução e agora 206 respondem pela autoria de 56 homicídios qualificados; seis tentativas de homicídio; 46 vilipêndios de cadáveres; tortura em 26 vítimas e organização criminosa.

Atentando para os princípios da duração razoável do processo e da prioridade absoluta, por envolver adolescentes, determinação judicial foi tomada pelo magistrado seis dias após o fato.

O juiz Túlio de Oliveira Dorinho, titular da Comarca de Novo Airão (município distante 195 quilômetros de Manaus), determinou a internação, em unidade educacional, de três adolescentes que praticaram ato infracional análogo ao delito previsto no art. 157, parágrafo 2.o, II e parágrafo 2.o-A do Código Penal (roubo circunstanciado, com a utilização de arma de fogo). Conforme a sentença, o ato delitivo é grave diante da característica pacata da cidade de Novo Airão e os jovens cumprirão a medida socioeducativa de internação na capital.

De acordo com o magistrado, em respeito ao princípio da duração razoável do processo e da prioridade absoluta – pelo fato de envolver pessoas com idade igual ou inferior a 18 anos – a determinação judicial foi proferida seis dias após o cometimento do ato delitivo pelos jovens.

Na sentença o juiz esclarece que a medida de internação possui, no caso, além de caráter punitivo, a finalidade de reeducação dos adolescentes infratores “atendendo às necessidades pedagógicas específicas dos menores, no sentido de despertá-los para o senso crítico acerca da gravidade do ato praticado, bem como das consequências, quer para o meio social quer para os próprios adolescentes”, apontou, na sentença, o juiz Túlio Dorinho.

Conforme representação do Ministério Público Estadual (MPE), no último dia 19 de setembro os três adolescentes cometeram ato infracional análogo ao crime de roubo, tendo como vítima um frentista de posto de gasolina, quando, por volta das 3h, um dos infratores demonstrou interesse em comprar uma garrafa de água “e quando a vítima abriu a gaveta de dinheiro para pegar o troco, chegaram dois elementos armados e encapuzados e renderam-no, pedindo o dinheiro”, diz a representação do MPE-AM.

Segundo o juiz Túlio Dorinho, na sentença, torna-se importante esclarecer que os representados confessaram que, de fato, praticaram o ato infracional análogo ao delito de roubo circunstanciado, em concurso de pessoas e com emprego de arma de fogo. “De sua vez, também, se faz sentir a culpabilidade entendida como juízo de censura da conduta tipificada, reclamando que o agente seja imputável; tenha potencial consciência da ilicitude e que, naquelas circunstâncias, lhe seria exigível conduta diversa. Caracterizado está, portanto, o ato infracional análogo a crime em seu aspecto formal”, concluiu o magistrado, acrescentando, na sentença, que a medida de internação aplica-se ao caso, nos termos do disposto no art. 122, I, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Promovido pelo projeto “Justiça Presente”, do CNJ, o evento discute melhorias para o sistema penal e socioeductativo brasileiro.

 

O desembargador Sabino Marques, coordenador do Grupo Permanente de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, do Tribunal de Justiça do Amazonas, e o juiz Luís Cláudio Chaves, titular da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas da Comarca de Manaus, estão em Brasília participando “II Encontro Nacional dos GMFs”, promovido pelo projeto “Justiça Presente”, parceria entre Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O evento tem o objetivo de fortalecer o engajamento do Judiciário na busca das melhorias necessárias para o sistema penal e socioeductativo. Durante dois dias (26 e 27), representantes dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de tribunais de todo o país se unem a atores nacionais e internacionais para debater o tema. Os Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMFs), ligados aos tribunais de justiça, têm a responsabilidade de implementar as políticas penais judiciárias difundidas pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ.

O encontro está acontecendo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tem como principais objetivos a discussãode medidas para o fortalecimento dos GMFs, a pactuação de novas atividades do Justiça Presente e a troca de experiências sobre aimplantação das iniciativas executadas pelo programa até omomento. A abertura do evento, na noite de quinta-feira (26), teve a presença do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, além da participação da presidente do TSE, ministra Rosa Weber; do diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon; de representantes do CNJ e de organismos internacionais.

Na manhã desta sexta (27), o ministro do STF Gilmar Mendes fará a apresentação “A ADPF 347 e o Sistema Penal Brasileiro”, retomando a decisão em que a Suprema Corte reconheceu o Estado de Coisas Inconstitucional do sistema prisional brasileiro. Estrutura Diferentemente da primeira edição do evento em 2015, que estimulou debates sobre o papel dos GMFs frente ao contexto penal da época, a segunda edição tem um caráter mais propositivo, com encaminhamentos e articulações que terão impacto nas políticas locais induzidas via GMF.

Além de reunir magistrados e servidores dos tribunais locais, o evento conta com a participação dos 27 coordenadores estaduais do Justiça Presente e da coordenação nacional do programa. A programação do evento incluiu diversos momentos para a troca de experiências sobre as realidades locais como objetivo de equalizar desafios comuns, entre eles, o fortalecimento dos GMFs.

Os grupos foram criados em 2009, de acordo com a Resolução CNJ n. 96, e regulamentados pela ResoluçãoCNJ n. 214/2015. Os grupos são essenciais no protagonismo das ações do Justiça Presente, assim como na continuidade dessas políticas no longo prazo.

Os participantes do encontro também serão apresentados às novas fasesdo Justiça Presente, com adição de atividades aos planos executivos pactuados entre março e junho durante missões de apresentação do programa nos estados. Entre as novas iniciativas, estão a realização de mutirões carcerários eletrônicos, parametrizações para políticas públicas em prisões, incentivo a práticas restaurativas e atenção ao sistema socioeducativo.

Nesta semana, representantes da ‘Rede’ apresentaram à Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do TJAM algumas das iniciativas programadas para a campanha ‘Outubro Rosa’ no Estado.

Atuando há 41 anos, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas (RFCC-AM) formalizou nesta semana, por meio de uma visita institucional realizada junto à Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do Tribunal de Justiça do Amazonas, a solicitação de apoio dos servidores e magistrados da Corte para as ações que vão permear, a partir da próxima semana, a campanha Outubro Rosa no Estado.

Dentre algumas estratégias de mobilização objetivando a assistência a pessoas diagnosticadas com câncer, durante a reunião, os representantes da RFCC-AM tiveram sinalização positiva da Divisão de Serviço Social e Acessibilidade para divulgar a venda de camisas da campanha Outubro Rosa deste ano, cujos valores angariados serão revertidos em prol de pacientes em tratamento na Fundação Centro e Controle de Oncologia do Estado (FCECON).

Na reunião, a RFCC-AM esteve representada por sua presidente, Tammy Avelino e pela voluntária, Nancy Segadilha.

Para a diretora da Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do TJAM, Fernanda Coelho, o Judiciário Estadual, por intermédio da Divisão por ela representada, faz questão de apoiar a causa social. “Estamos motivando os nossos servidores, magistrados, colaboradores e estagiários a apoiar esta causa, pois, assim estamos exercitando nossa cidadania organizacional e também promovendo valores fraternos. A Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas realiza um riquíssimo trabalho de acolhimento e apoio junto à Fundação Cecon e o apoio da sociedade organizada é imprescindível para que os seus nobres objetivos pretendidos sejam alcançados. Assim sendo, motivamos nossos servidores para colaborar com a campanha – mediante a aquisição de uma ou mais blusas – e incentivando-os a conhecer o trabalho desenvolvido pela Rede, que também necessita de voluntários”, apontou Fernanda Coelho.

Os interessados em adquirir as camisas da campanha Outubro Rosa, confeccionadas pela RFCC-AM, e colaborar financeiramente com suas ações filantrópicas, podem requisitá-las junto à Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do TJAM, que funciona no Fórum Ministro Henoch Reis (1º andar, setor 3) ou por meio do telefone 3303-5042.