Atentando para os princípios da duração razoável do processo e da prioridade absoluta, por envolver adolescentes, determinação judicial foi tomada pelo magistrado seis dias após o fato.

O juiz Túlio de Oliveira Dorinho, titular da Comarca de Novo Airão (município distante 195 quilômetros de Manaus), determinou a internação, em unidade educacional, de três adolescentes que praticaram ato infracional análogo ao delito previsto no art. 157, parágrafo 2.o, II e parágrafo 2.o-A do Código Penal (roubo circunstanciado, com a utilização de arma de fogo). Conforme a sentença, o ato delitivo é grave diante da característica pacata da cidade de Novo Airão e os jovens cumprirão a medida socioeducativa de internação na capital.

De acordo com o magistrado, em respeito ao princípio da duração razoável do processo e da prioridade absoluta – pelo fato de envolver pessoas com idade igual ou inferior a 18 anos – a determinação judicial foi proferida seis dias após o cometimento do ato delitivo pelos jovens.

Na sentença o juiz esclarece que a medida de internação possui, no caso, além de caráter punitivo, a finalidade de reeducação dos adolescentes infratores “atendendo às necessidades pedagógicas específicas dos menores, no sentido de despertá-los para o senso crítico acerca da gravidade do ato praticado, bem como das consequências, quer para o meio social quer para os próprios adolescentes”, apontou, na sentença, o juiz Túlio Dorinho.

Conforme representação do Ministério Público Estadual (MPE), no último dia 19 de setembro os três adolescentes cometeram ato infracional análogo ao crime de roubo, tendo como vítima um frentista de posto de gasolina, quando, por volta das 3h, um dos infratores demonstrou interesse em comprar uma garrafa de água “e quando a vítima abriu a gaveta de dinheiro para pegar o troco, chegaram dois elementos armados e encapuzados e renderam-no, pedindo o dinheiro”, diz a representação do MPE-AM.

Segundo o juiz Túlio Dorinho, na sentença, torna-se importante esclarecer que os representados confessaram que, de fato, praticaram o ato infracional análogo ao delito de roubo circunstanciado, em concurso de pessoas e com emprego de arma de fogo. “De sua vez, também, se faz sentir a culpabilidade entendida como juízo de censura da conduta tipificada, reclamando que o agente seja imputável; tenha potencial consciência da ilicitude e que, naquelas circunstâncias, lhe seria exigível conduta diversa. Caracterizado está, portanto, o ato infracional análogo a crime em seu aspecto formal”, concluiu o magistrado, acrescentando, na sentença, que a medida de internação aplica-se ao caso, nos termos do disposto no art. 122, I, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Promovido pelo projeto “Justiça Presente”, do CNJ, o evento discute melhorias para o sistema penal e socioeductativo brasileiro.

 

O desembargador Sabino Marques, coordenador do Grupo Permanente de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, do Tribunal de Justiça do Amazonas, e o juiz Luís Cláudio Chaves, titular da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas da Comarca de Manaus, estão em Brasília participando “II Encontro Nacional dos GMFs”, promovido pelo projeto “Justiça Presente”, parceria entre Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O evento tem o objetivo de fortalecer o engajamento do Judiciário na busca das melhorias necessárias para o sistema penal e socioeductativo. Durante dois dias (26 e 27), representantes dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de tribunais de todo o país se unem a atores nacionais e internacionais para debater o tema. Os Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMFs), ligados aos tribunais de justiça, têm a responsabilidade de implementar as políticas penais judiciárias difundidas pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ.

O encontro está acontecendo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tem como principais objetivos a discussãode medidas para o fortalecimento dos GMFs, a pactuação de novas atividades do Justiça Presente e a troca de experiências sobre aimplantação das iniciativas executadas pelo programa até omomento. A abertura do evento, na noite de quinta-feira (26), teve a presença do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, além da participação da presidente do TSE, ministra Rosa Weber; do diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon; de representantes do CNJ e de organismos internacionais.

Na manhã desta sexta (27), o ministro do STF Gilmar Mendes fará a apresentação “A ADPF 347 e o Sistema Penal Brasileiro”, retomando a decisão em que a Suprema Corte reconheceu o Estado de Coisas Inconstitucional do sistema prisional brasileiro. Estrutura Diferentemente da primeira edição do evento em 2015, que estimulou debates sobre o papel dos GMFs frente ao contexto penal da época, a segunda edição tem um caráter mais propositivo, com encaminhamentos e articulações que terão impacto nas políticas locais induzidas via GMF.

Além de reunir magistrados e servidores dos tribunais locais, o evento conta com a participação dos 27 coordenadores estaduais do Justiça Presente e da coordenação nacional do programa. A programação do evento incluiu diversos momentos para a troca de experiências sobre as realidades locais como objetivo de equalizar desafios comuns, entre eles, o fortalecimento dos GMFs.

Os grupos foram criados em 2009, de acordo com a Resolução CNJ n. 96, e regulamentados pela ResoluçãoCNJ n. 214/2015. Os grupos são essenciais no protagonismo das ações do Justiça Presente, assim como na continuidade dessas políticas no longo prazo.

Os participantes do encontro também serão apresentados às novas fasesdo Justiça Presente, com adição de atividades aos planos executivos pactuados entre março e junho durante missões de apresentação do programa nos estados. Entre as novas iniciativas, estão a realização de mutirões carcerários eletrônicos, parametrizações para políticas públicas em prisões, incentivo a práticas restaurativas e atenção ao sistema socioeducativo.

Nesta semana, representantes da ‘Rede’ apresentaram à Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do TJAM algumas das iniciativas programadas para a campanha ‘Outubro Rosa’ no Estado.

Atuando há 41 anos, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas (RFCC-AM) formalizou nesta semana, por meio de uma visita institucional realizada junto à Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do Tribunal de Justiça do Amazonas, a solicitação de apoio dos servidores e magistrados da Corte para as ações que vão permear, a partir da próxima semana, a campanha Outubro Rosa no Estado.

Dentre algumas estratégias de mobilização objetivando a assistência a pessoas diagnosticadas com câncer, durante a reunião, os representantes da RFCC-AM tiveram sinalização positiva da Divisão de Serviço Social e Acessibilidade para divulgar a venda de camisas da campanha Outubro Rosa deste ano, cujos valores angariados serão revertidos em prol de pacientes em tratamento na Fundação Centro e Controle de Oncologia do Estado (FCECON).

Na reunião, a RFCC-AM esteve representada por sua presidente, Tammy Avelino e pela voluntária, Nancy Segadilha.

Para a diretora da Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do TJAM, Fernanda Coelho, o Judiciário Estadual, por intermédio da Divisão por ela representada, faz questão de apoiar a causa social. “Estamos motivando os nossos servidores, magistrados, colaboradores e estagiários a apoiar esta causa, pois, assim estamos exercitando nossa cidadania organizacional e também promovendo valores fraternos. A Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas realiza um riquíssimo trabalho de acolhimento e apoio junto à Fundação Cecon e o apoio da sociedade organizada é imprescindível para que os seus nobres objetivos pretendidos sejam alcançados. Assim sendo, motivamos nossos servidores para colaborar com a campanha – mediante a aquisição de uma ou mais blusas – e incentivando-os a conhecer o trabalho desenvolvido pela Rede, que também necessita de voluntários”, apontou Fernanda Coelho.

Os interessados em adquirir as camisas da campanha Outubro Rosa, confeccionadas pela RFCC-AM, e colaborar financeiramente com suas ações filantrópicas, podem requisitá-las junto à Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do TJAM, que funciona no Fórum Ministro Henoch Reis (1º andar, setor 3) ou por meio do telefone 3303-5042.

 

Iniciativa é inédita entre os órgãos públicos do Estado do Amazonas e entre os tribunais da Região Norte do País.

O Presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargador Yedo Simões, anunciou, nesta quarta-feira (25), que as sessões de licitação realizadas pelo Judiciário Estadual nas modalidades “Tomada de Preço” e “Concorrência”, obrigatoriamente presenciais, passarão a ser transmitidos ao vivo, em vídeo, pela internet. Dando maior efetividade às Leis da Transparência e de Acesso à Informação, a iniciativa é inédita entre os órgãos públicos do Estado do Amazonas e entre os tribunais da Região Norte do País.

As transmissões das sessões de licitação serão iniciadas no próximo dia 9 de outubro e poderão ser acompanhadas no canal oficial do Tribunal de Justiça do Amazonas no Youtube: https://www.youtube.com/user/tjamazonas1

Segundo o presidente do TJAM essa é uma das providências da gestão da Corte para reforçar a transparência das ações administrativas realizadas pelo Judiciário Estadual e também para reforçar a lisura das contratações públicas realizadas pelo Tribunal. “Embora seja de caráter público, a transmissão em tempo real das sessões não é uma obrigatoriedade, no entanto, para reforçar a transparência dos atos realizados pelo nosso tribunal e reforçando a lisura dos processos que envolvem as contratações públicas, estamos saindo na frente, optando por transmitir as sessões de licitação nas modalidades ‘Tomada de Preço’ e ‘Concorrência’”, apontou o desembargador Yedo Simões.

O presidente da Corte explicou que, no âmbito do TJAM, a medida dará maior efetividade ao que é disposto pelas Leis da Transparência e de Acesso à Informação. “Além disso, com a providência estamos contribuindo com o trabalho que, por ventura, venha a ser realizado pelos órgãos de controle, tais como os Tribunais de Contas; Ministérios Públicos (Estadual e de Contas); além da própria sociedade organizada”, disse o desembargador Yedo Simões, acrescentando que a medida – inédita entre os órgãos públicos do Estado, pode servir de exemplo para ser replicada por demais instituições.

Conforme cronograma estabelecido pela Comissão Permanente de Licitação do Tribunal de Justiça do Amazonas, quatro transmissões de sessões já estão programadas para ocorrer no próximo mês de outubro, nos dias 9, 10, 11 e 21.

As sessões, nessas datas, com a devida participação das empresas inscritas, ocorrerão no Centro Administrativo Des. José de Jesus Ferreira Lopes (prédio anexo à Sede do Tribunal, bairro Aleixo) e estão agendadas para iniciar às 9h.

Obras

No dia 9 de outubro, está agendada a Licitação na modalidade “Tomada de Preço” (TP 001/2019) objetivando a contratação de empresa para execução do novo estacionamento da Sede do Tribunal; no dia 10 de outubro, será promovida a sessão de Licitação na modalidade “Tomada de Preço” (TP 002/2019) objetivando a contratação de empresa para execução de obras de reforma e manutenção do Fórum de Justiça do Município de Manacapuru; e, no dia 11 de outubro, a sessão de Licitação na modalidade “Tomada de Preço” (TP 003/2019) objetivando a contratação de empresa para a execução de obras de reforma e manutenção do Fórum de Justiça da Comarca de Tabatinga.

Dando seguimento às sessões com transmissão ao vivo pelo Youtube do Tribunal, no dia 21 de outubro ocorrerá a Licitação na modalidade “Concorrência” (CC 001/2019) objetivando a contratação de empresa para construção do Fórum de Justiça de Carauari.

Conforme o Setor de Licitações do TJAM, todos os editais e demais comunicações oficiais sobre os referidos processos, assim como os demais, foram publicados no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) e também estão acessíveis no site: www.tjam.jus.br, na sessão “Licitações”.

Modelo

Conforme divulgado neste mês de setembro pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça do Amazonas avançou onze posições e já é o 10.º colocado entre os Tribunais de Justiça Estaduais no ranking de Transparência do Poder Judiciário.

Em um ano, a Corte amazonense saiu da 21.ª colocação, na edição 2018, para a 10.ª no ranking deste ano entre os TJs, com o cumprimento de 82,3% dos itens analisados. Os dados foram divulgados no último dia 11 de setembro pelo CNJ durante a entrega do “Prêmio Transparência” aos cinco primeiros colocados no cômputo geral – que considera os tribunais federais; superiores; estaduais; eleitorais; do trabalho e militares e o próprio Conselho.

O ranking da Transparência foi instituído pela Resolução 260/2018 e tem como objetivo estimular os órgãos a disponibilizarem suas informações de forma mais clara e padronizada à sociedade e, assim, facilitar o acesso aos dados dos conselhos e tribunais. Tribunais e conselhos do Poder Judiciário participaram da avaliação.

 

Com a parceria entre a Vara de Execução de Medidas Socioeducativas, a DPE-AM e o MPE-AM, as audiências concentradas estão acontecendo até esta sexta-feira (20).

A Vara de Execução de Medidas Socioeducativas (VEMS), do Tribunal de Justiça do Amazonas, iniciou nessa quinta-feira (19), mais uma rodada de audiências concentradas no Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa, no bairro Alvorada 1, zona Centro-Oeste de Manaus. A atividade, que acontece até esta sexta-feira (20), contemplará o total de 20 processos de adolescentes, entre 15 e 18 anos, em regime de internação no Centro Socioeducativo Masculino.

As audiências do primeiro dia resultaram em duas manutenções na internação; seis substituições por liberdade assistida; uma substituição por medida protetiva de acompanhamento de socioeducando indígena pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e uma audiência suspensa para nova análise psicossocial.

A ação aproxima o Poder Judiciário, a Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) e Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) da realidade dos adolescentes e traz como benefício a celeridade processual; a atualização periódica das informações processuais e pessoais dos internos; a oportunidade ao socioeducando de se manifestar no processo e uma aproximação maior com os integrantes do sistema de Justiça.

A VEMS iniciou as audiências concentradas em 2018, realizando, em três períodos do ano, cerca de 150 processos; 56 audiências e alcançando um índice de 78% de ressocialização de jovens, que saíram da internação para o regime aberto.

O titular da VEMS, juiz Luís Cláudio Chaves, ressalta a importância das audiências concentradas e os resultados concretos de ressocialização. “Hoje, no Amazonas, apenas 50% das vagas nos centro socioeducativos estão ocupadas, são os adolescentes privados de liberdade, isso ganha um relevo maior quando você cruza com os dados da reincidência, ou seja, o índice de ocupação poderia estar baixo, mas com o índice da reincidência lá em cima, se estivéssemos soltando indevidamente as pessoas, e não é o caso. A gente vê que isso faz parte de uma politica de atendimento ao jovem que vem dando resultado. Quando temos 22 por cento de reincidência é porque, obviamente, 78% não voltaram a praticar atos infracionais ou não entraram no sistema penal ao atingir a maioridade. Isso vem ao encontro dos verdadeiros objetivos do Estatuto da Infância e do Juventude (ECA), que é reinserir o adolescente na sociedade para que ele não volte a cometer atos infracionais”, avalia o titular da VEMS.

A promotora de Justiça Elizandra Leite Guedes de Lira destaca que o MPE-AM não deve ser visto apenas como um acusador. “O objetivo do ECA é exatamente possibilitar que o socioeducando possa se reinserir no seio familiar; comunitário; social e pedagógico, evitando que ele reitere na parte de atos infracionais e venha se tornar um adulto já inserido no mundo do crime, porque a possibilidade de trazer de volta, de resgatar é bem menor. O objetivo do estatuto é, primordialmente, a ressocialização; o redirecionamento; o reencaminhamento. Friso que o papel do Ministério Público da Infância e Juventude em atuação na Vara Infracional não é de um órgão acusatório que a todo custo quer a condenação. Somos defensores da sociedade, quando o adolescente pratica o ato infracional precisamos agir para que ele se sinta responsabilizado diante do ato, sim, cobramos a responsabilidade dele no papel de autor de um ato infracional. Mas priorizamos um trabalho psicossocial de ressocialização; o objetivo é que ele saia e realmente não retorne ao sistema tal como um adulto marginal”, diz a promotora de Justiça.

A importância do acompanhamento das famílias dos jovens foi ressaltada pela titular da Defensoria Especializada na Execução de Medidas Socioeducativas, Juliana Linhares de Aguiar Lopes. “Nas audiências concentradas, além de analisarmos se os adolescentes podem ou não voltar para o convívio de sua família e da comunidade, também buscamos saber o que está acontecendo com ele durante a medida socioeducativa; se está indo para as aulas; se está recebendo visita gradual da família e, quando não está, a Defensoria pede para que o Estado traga a família do interior. Essas audiências são importantes para que a gente veja como está o cumprimento da medida, e nada melhor do que verificar isso in loco. Quando a gente leva para o Juizado, leva para as audiências lá no Fórum, apenas escuta uma parte”, ressalta a defensora.

Decisão do Conselho de Magistratura do TJAM acompanhou o parecer do Ministério Público e confirmou sentença de 1.º Grau.

A Justiça Estadual desproveu um recurso de Apelação interposto pelo Estado do Amazonas e determinou que esse providencie a medicação; realize procedimento cirúrgico e também disponibilize sessões de fisioterapia e fonoaudiologia a uma criança diagnosticada com paralisia cerebral, crises convulsivas e com o pé esquerdo torto congênito (PTC).

A Apelação (n.º 0620220-57.2015.8.04.0001) foi julgada pelo Conselho de Magistratura do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) cujos desembargadores integrantes acompanharam o entendimento do relator do recurso, desembargador Wellington Araújo.

A decisão do colegiado de desembargadores confirmou sentença de 1.º Grau proferida pela juíza Rebeca de Mendonça Lima, titular do Juizado da Infância e Juventude Cível.

Para o relator do recurso de Apelação interposto pelo Estado, é dever do Poder Público assegurar o bem-estar físico; mental e social do indivíduo; bem como o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde para a sua promoção; proteção e recuperação, conforme o art. 182 da Constituição Estadual. “Nesse passo, compete ao Estado do Amazonas, por meio do Sistema Único de Saúde, entre outras atribuições, a prestação de assistência farmacêutica e a garantia de acesso da população aos medicamentos necessários à recuperação de sua saúde”, apontou o desembargador Wellington Araújo.

Contestando o posicionamento do Estado, que em apelação interposta pela PGE-AM observou que “a Fundação Hospital Adriano Jorge já havia procedida a realização de cirurgia na menor favorecida sob a denominação ‘Tenotomia Percutânea’ (…), bem como já estava disponibilizando sessões de fisioterapia”, o relator da Apelação afirmou em seu voto que “restou consignado que a cirurgia realizada não alcançou o objetivo corretivo; evidenciando-se, dessa feita, o não-atingimento do objeto do processo, já que a criança necessitaria da realização de outro procedimento cirúrgico, conforme prescrição médica. Dessa forma, não houve alteração no pedido ou da causa de pedir, bem como inexistiu violação ao princípio do contraditório e da não-surpresa”, mencionou o desembargador Wellington Araújo, ancorando seu voto em entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Recurso Especial n.º 1.681.690-SP.

Na inicial do processo, em Ação Civil Pública, o Ministério Público Estadual (MPE-AM) alegou que a criança, hoje com 5 anos de idade, – diagnosticada com paralisia cerebral, crises convulsivas e pé esquerdo congênito (PEC) – iniciou tratamento no Hospital Adriano Jorge. “Ocorre que o hospital disponibilizou à criança apenas dez sessões de fisioterapia, com intervalo de um mês para agendamento de mais dez sessões e, após a realização dessas 20 sessões, não mais aceitou a criança sob a alegação de que havia autorização para disponibilizar apenas 20 sessões, já concedidas, o que contraria frontalmente as necessidades da criança, atestadas por indicação médica”, apontou o MPE-AM, acrescentando nos autos que as sessões de fonoaudiologia, por sua vez, sequer foram disponibilizadas.

Dentre os pedidos do Ministério Público e autorizados pela Justiça Estadual, incluem-se: a disponibilização de cirurgia ortopédica corretiva no pé esquerdo da criança; o fornecimento do medicamento Gardenal 40 mg/ml; as sessões de fisioterapia e fonoaudiologia, de forma continuada e enquanto houver prescrição médica.

 

Com a participação de autoridades nacionais e dos Estados da Região, o evento promovido pelo CNJ com o apoio do TJAM vai discutir a realidade local sobre a atenção à primeira infância, ressaltando a importância da Lei Federal n.º 13.257/2016.

O maior evento nacional sobre primeira infância acontece em Manaus, nesta quinta e sexta-feira (dias 19 e 20), quando o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) sediará o “Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância – Região Norte”. Promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o seminário vai discutir a realidade local sobre a atenção à primeira infância e a importância do “Marco Legal da Primeira Infância”, como é mais conhecida a Lei Federal n.º 13.257/2016, que trata sobre políticas públicas para crianças de até seis anos de idade.

O evento terá início às 9h, no auditório do Centro Administrativo Des. José de Jesus F. Lopes, prédio anexo à Sede do TJAM, no bairro Aleixo, e contará com a participação de autoridades convidadas, incluindo o ministro interino da Cidadania; o governador do Amazonas e de outros Estados da Região; o prefeito de Manaus; o presidente do TJAM, desembargador Yedo Simões e os presidentes dos TJs do Acre, de Roraima e do Amapá; representantes do Poder Legislativo (federal e estadual), do Ministério Público (do Estado e do Trabalho), da Defensoria Pública, do Conselho Nacional de Justiça, entre outros.

A Conferência Magna, de abertura, que acontece às 10h, vai tratar da importância das políticas públicas para a proteção e promoção do desenvolvimento de crianças na Primeira Infância, com a palestra do ministro interino do Ministério da Cidadania, Welington Coimbra.

Em seguida, às 10h40, será apresentada a palestra “Violência sexual como violação de direitos humanos de crianças na primeira infância: aspectos críticos na região Norte”, com a avaliação das relações de intersetorialidade na Política de Atendimento, e os dados e indicadores da região Norte. Deste painel, participam o juiz Richard Pae Kim, secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ; Petrúcia de Melo Andrade, secretária nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; e Amanda Cristina Ferreira, da Rede ECPAT.

Finalizando a programação da manhã, às 11h40 será apresentado o projeto “Justiça Começa na Infância: fortalecendo a atuação do sistema de justiça na promoção de direitos para o desenvolvimento humano integral”, pela juíza auxiliar da Presidência do CNJ, Lívia Cristina Marques Peres; pelo juiz do Tribunal de Justiça da Paraíba, Hugo Zaher; e pela assessora da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania, Ivânia Ghesti.

Na parte da tarde serão realizados os painéis sobre as “Diferentes infâncias, suas famílias e comunidades”, que começam às 14h com a moderação da senadora Mailza Gomes, coordendora da Região Norte da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância; e, às 16h, “A interface entre o Sistema de Justiça e as políticas de Assistência Social, Educação, Saúde, Cultura e Direitos Humanos na proteção às crianças na Primeira Infância”, coordenado pela promotora de Justiça do Ministério Público do Amazonas, Vânia Maria Marinho.

Na sexta-feira (20), segundo e último dia do seminário, a programação será retomada, às 8h30, com o painel “Os projetos de atenção à primeira infância das organizações governamentais e não governamentais: perspectivas de articulação com o Sistema de Justiça”, com foco nas iniciativas da Região Norte. Serão debatidas as iniciativas parlamentares do Amapá, com o projeto “Boa Mãe”, que será apresentado pela deputada Federal Aline Gurgel; de Boa Vista, com o tema “Boa Vista, a capital da primeira infância”, tratado por Teresa Surita, prefeita de Boa Vista; do Amazonas, com o “Programa Primeira Infância Amazonense (PIA)”, apresentado pela assessora do Núcleo de Projetos Estratégicos em Saúde do Amazonas, Katherine Benevides; e do Acre, com o tema “A Primeira Infância Acriana”, abordado pela chefe do Núcleo Materno Infantil, secretária de Estado de Saúde do Acre, Priscylla Nunes de Aguiar.

Em seguida, às 10h, será realizado o painel “Boas práticas do Sistema de Justiça implementadas na Região Norte”, moderado por Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, Juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e Presidente do Colégio de Coordenadores da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça do Brasil. Na mesa serão apresentados projetos sobre a aplicação da justiça restaurativa na primeira infância; o “Projeto Encontrar Alguém”, do Tribunal de Justiça do Amazonas; “Ação Integrada para Regularização da Situação Migratória e Documental de Crianças e Adolescentes Venezuelanos em Território Roraimense”, do Tribunal de Justiça de Roraima; o “Programa de Ações Multissetoriais para Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes na Região do Marajó”, do Tribunal de Justiça do Pará; entre outros.

Após o intervalo de almoço, serão realizados os workshops simultâneos, com os temas “Famílias acolhedoras como estratégia de proteção a crianças na primeira infância em serviços de acolhimento”; “Adoção de crianças na primeira infância”; “Proteção e promoção da primeira infância em situação de migração e refúgio” e “A proteção à primeira infância nos casos de encarceramento materno”.

Além disso, às 14h, será feita uma mesa-redonda para discutir os desafios para a garantia dos direitos das crianças de povos e comunidades tradicionais: “Desafios para a garantia dos direitos das crianças indígenas venezuelanas no Brasil”; “Escuta de Crianças de povos e comunidades tradicionais”; “O direito à convivência familiar e comunitária de crianças indígenas junto ao seu povo”, “No rio me criei: o cotidiano das crianças indígenas na aldeia e na cidade”, estão entre os temas da mesa-redonda, abordados pelo procurador da República do Pará, Felipe de Moura Palha e Silva. A compositora e autora do livro “O Lugar do Saber”, Marcia Kambeba; a indigenista especializada da Coordenação de Gênero e Assuntos Geracionais da Fundação Nacional do Índio (Funai), Rayanne Lima, estão entre outros convidados.

Paralelamente à programação da mesa-redonda ocorrerão workshops temáticos, cujos encaminhamentos serão apresentados a partir das 16h30, antes do encerramento oficial do evento.

Sobre o Seminário

O “Seminário do Pacto Nacional da Primeira Infância” é o segundo evento realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além da Região Norte, o seminário já aconteceu na região Centro-Oeste e ainda será realizado na região Sudeste, em dezembro.

O evento destina-se a magistrados; procuradores; promotores; defensores públicos; advogados; equipes psicossociais jurídicas; parlamentares e servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, profissionais do sistema de garantia de direitos e da sociedade civil organizada da região Norte – Conselhos Tutelares; Conselhos de Direito da Criança e do Adolescente; servidores das unidades de Direitos Humanos; Desenvolvimento Social, Saúde, Educação e Segurança Pública; empresários; entre outros.

 

A 1.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) negou provimento a uma Apelação interposta por uma concessionária de veículos que atua na cidade de Manaus e confirmou sentença de 1.º grau condenando-a a indenizar em 20 mil reais, por danos morais, uma cliente cujo nome e assinatura fraudada foram utilizados por funcionário da empresa para a revenda de veículo a uma terceira pessoa.

A cliente, autora da Ação, é microempreendedora e já havia adquirido um veículo na concessionária com incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, em razão da atividade profissional que exerce.

A Apelação (n.º 0608552-55.2016.8.04.0001) teve como relatora a desembargadora Joana dos Santos Meirelles, que em seu voto mencionou: “o ocorrido é gravíssimo, e o serviço prestado pela ré (concessionária) foi defeituoso, na medida em que não ofereceu a necessária segurança que o consumidor dele pode esperar”, indicou a relatora.

A magistrada, no mesmo voto, se opôs ao argumento da empresa ré que, em Apelação, tentou expor os fatos como algo banal e que não ultrapassam a simples esfera do aborrecimento. Para a relatora, todavia, esta deveria disponibilizar mecanismos que impedissem ou dificultassem fraudes. “Casos como esses revelam os motivos pelos quais os consumidores recorrem cada vez mais ao Poder Judiciário para tutelar os seus direitos, diuturnamente violados pelas grandes empresas fornecedoras de serviço”, apontou a desembargadora Joana dos Santos Meirelles.

O caso

De acordo com a inicial do processo, a consumidora firmou contrato de compra e venda com a concessionária e adquiriu um veículo com pedido direto da fábrica.

Transcorridos 40 dias de atraso na entrega, ela compareceu à empresa e ao consultar o sistema uma vendedora perguntou a ela se havia encomendado dois veículos, informando que um deles já havia sido entregue e retirado, mostrando à cliente um documento comprovando a entrega do veículo com a nota fiscal e documento no nome da mesma, contendo uma assinatura que não pertencia a ela.

Consta nos autos, que após o ocorrido, a concessionária informou à cliente que um funcionário vendedor utilizou o nome desta, que possui incentivos fiscais em razão da atividade profissional que exerce, vendendo o veículo para uma terceira pessoa. Tal fato levou a cliente a judicializar a questão.

 

 

Evento acontece na quinta e sexta-feira (dias 19 e 20), em Manaus, quando será firmada a adesão de instituições da região ao Pacto Nacional pela Primeira Infância.

O Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância – Região Norte, que acontece na quinta e sexta-feira (dias 19 e 20), em Manaus, vai discutir a realidade local sobre a atenção à primeira infância e a importância do Marco Legal da Primeira Infância. Na oportunidade, será firmada a adesão dos atores da região ao Pacto Nacional pela Primeira Infância.

Após a solenidade de abertura, a Conferência Magna vai tratar da importância das políticas públicas para a proteção e promoção do desenvolvimento de crianças na Primeira Infância, com a palestra do ministro substituto e Secretário Especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Welington Coimbra. Em seguida, será apresentada a palestra “Violência Sexual como violação de direitos humanos de crianças na primeira infância: aspectos críticos na região Norte”, com a avaliação das relações de intersetorialidade na Política de Atendimento, e os dados e indicadores da região Norte.

Também será apresentado o projeto “Justiça Começa na Infância: fortalecendo a atuação do sistema de justiça na promoção de direitos para o desenvolvimento humano integral”, pela juíza auxiliar da Presidência do CNJ, Lívia Cristina Marques Peres; pelo juiz do Tribunal de Justiça da Paraíba, Hugo Zaher; e pela assessora da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania, Ivânia Ghesti..

Na parte da tarde, serão realizados os painéis sobre as “diferentes infâncias, suas famílias e comunidades”, que será moderado pela senadora Mailza Gomes; e “a interface entre o Sistema de Justiça e as políticas de Assistência Social, Educação, Saúde, Cultura e Direitos Humanos na proteção às crianças na Primeira Infância”, coordenado pela promotora de Justiça do Ministério Público do Amazonas, Vânia Maria Marinho.

No dia 20, a programação será retomada com o painel “Os projetos de atenção à primeira infância das organizações governamentais e não governamentais: perspectivas de articulação com o Sistema de Justiça”, com foco nas iniciativas da Região Norte. Serão debatidas a iniciativa parlamentar do Amapá, com o projeto “Boa Mãe”, que será apresentado pela deputada Federal Aline Gurgel; “Boa Vista, a capital da primeira infância”, tema que será tratado por Teresa Surita, prefeita de Boa Vista; o Programa Primeira Infância Amazonense (PIA), apresentado pela assessora do Núcleo de Projetos Estratégicos em Saúde do Amazonas, Katherine Benevides; e a Primeira Infância Acreana, abordada pela chefe do Núcleo Materno Infantil, Secretaria de Estado de Saúde do Acre, Priscylla Nunes de Aguiar.

Em seguida, será realizado o painel “Boas práticas do Sistema de Justiça implementadas na Região Norte”, moderado por Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, Juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e Presidente do Colégio de Coordenadores da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça do Brasil. Na mesa serão apresentados projetos sobre a aplicação da justiça restaurativa na primeira infância, ação Integrada para Regularização da Situação Migratória e Documental de Crianças e Adolescentes Venezuelanos em Território Roraimense e o programa de Ações Multissetoriais para Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes na Região do Marajó, entre outros.

Após o almoço, serão realizados os workshops temáticos simultâneos, com o tema “Famílias acolhedoras como estratégia de proteção a crianças na primeira infância em serviços de acolhimento”, “Adoção de crianças na primeira infância”, “Proteção e promoção da primeira infância em situação de migração e refúgio” e “A proteção à primeira infância nos casos de encarceramento materno”.  Além disso, será feita uma mesa redonda para discutir os desafios para a garantia dos direitos das crianças de povos e comunidades tradicionais. Os encaminhamentos dos workshops serão apresentados no encerramento do evento.

Sobre o Seminário

Com vagas esgotadas e uma extensa de lista de espera, o Seminário do Pacto Nacional da Primeira Infância é o segundo evento realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além da Região Norte, o Seminário já aconteceu na região Centro-Oeste e ainda será realizado na região Sudeste, em dezembro.

O evento destina-se a magistrados, procuradores, promotores, defensores públicos, advogados, equipes psicossociais-jurídicas, parlamentares e servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, profissionais do sistema de garantia de direitos e da sociedade civil organizada da região Norte – Conselhos Tutelares, Conselhos de Direito da Criança e do Adolescente, servidores das unidades de Direitos Humanos, Desenvolvimento Social, Saúde, Educação e Segurança Pública, empresários, entre outros.

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Pela parceria, processos que envolvem a concessão ou o restabelecimento de benefícios previdenciários podem vir a ser sentenciados em até 3 meses.

O presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargador Yedo Simões e o Procurador-Chefe da Procuradoria Federal no Estado do Amazonas, Daniel Ibiapina Alves, reuniram-se nesta sexta-feira (13) com juízes que atuam em Varas Cíveis e apresentaram um projeto de parceria por meio do qual o Judiciário pretende dar agilidade a julgamentos e a tramitações de processos relacionados a acidentes do trabalho.

Pela proposta, a partir da simplificação de ritos e diligências, os processos cujo objeto é a concessão ou o reestabelecimento de benefícios previdenciários podem vir a ser sentenciados em até 3 meses. Até o ano de 2015, antes da implementação de medidas similares pelo TJAM, eles levavam até 3 anos para serem julgados.

De acordo com o presidente do TJAM, esta é mais uma providência da Justiça Estadual para reduzir o tempo de tramitação processual e, consequentemente, beneficiar as partes com a conclusão mais célere das ações judicializadas. “Estamos empenhados em atender as demandas judicializadas da maneira mais célere possível e nesse caso, especificamente, buscamos a cooperação da Procuradoria Federal no Estado do Amazonas para que os processos relacionados à concessão ou o restabelecimento de benefícios previdenciários tramitem e sejam concluídos no menor espaço de tempo possível”, apontou o presidente do TJAM, Yedo Simões, ao informar que a prática deve ser implantada não somente na Comarca de Manaus, mas em todo o Estado.

A exposição da proposta para juízes ocorreu no miniauditório do Fórum Cível Des. Euza Naice de Vasconcellos, localizado na Avenida Valério Botelho de Andrade, bairro São Francisco, e dela também participaram o desembargador Délcio Luís Santos (Coordenador da Área Civel/TJAM) e o juiz de Direito Roberto dos Santos Taketomi, que participou da elaboração da proposta e que expôs os objetivos da iniciativa aos magistrados que participaram da reunião.

Além de beneficiar as partes processuais com a redução do trâmite processual, a iniciativa também impactará no cumprimento de metas estabelecidas nacionalmente para o Judiciário, sobretudo a “Meta 2” estabelecida pelo CNJ, que motiva os tribunais brasileiros a priorizarem os julgamentos de processos antigos.

Para o procurador-chefe da Procuradoria Federal no Estado do Amazonas, Daniel Ibiapina Alves, a iniciativa mostra a preocupação que o Judiciário tem com os jurisdicionados. “Em termos práticos, a procuradoria abrirá mão de algumas intimações ou reduzindo o prazo destas e isso vai fazer com que o processo caminhe mais rápido para o seu fim, com o cidadão tendo de forma mais rápida a resposta que veio buscar no Judiciário”, apontou.

Dentre as diversas medidas que passarão a ser empregadas com o projeto, destacam-se: a dispensa e/ou a redução de prazos processuais, passando a ser desnecessário, por exemplo, a intimação de perito (quando houver designação deste no processo); a dispensa de intimação para o recolhimento de valores periciais; a redução de 30 para 8 dias no prazo recursal quando a ação for julgada improcedente ou sem resolução do mérito; a redução do tempo para réplica pela Procuradoria Federal em casos de impugnação pelo autor dos cálculos na execução invertida, entre outras providências.

A partir da opção do Juízo pelo rito simplificado proposto, a Procuradoria Federal no Amazonas, a fim de dar celeridade aos trâmites processuais, dispensará o envio de diversas intimações, dentre as quais: encaminhamento do feito ao Cejusc; designação de audiência; manifestação sobre laudo médico pericial etc.