Os cursos ocorrem durante três dias. As aulas acontecem nas dependências da Esmam, em Manaus.


Magistrados e servidores dos Tribunais de Justiça do Amazonas, Acre, Amapá, Pará e Rondônia estão em Manaus participando dos cursos de Formação de Formadores (Fofo) – nível 1, módulos 1 e 3 – que têm o objetivo de preparar esses profissionais para atuação como docentes das escolas judiciais brasileiras. Os dois cursos já iniciaram e estão sendo promovidos pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam).

As aulas são realizadas no horário de 9h às 12h40 e das 14h20 às 18h, nas salas da Esmam – 1º andar do Centro Administrativo Desembargador José Jesus Ferreira Lopes, anexo ao edifício-sede do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), localizado no bairro do Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus. No primeiro módulo do nível 1 do curso de Formação de Formadores, são 31 participantes.

Já no terceiro módulo do Fofo, 15 magistrados estão participando do curso. São três dias de aula. De acordo com a Enfam, a intenção é trabalhar o desenvolvimento de competências para a atuação dos profissionais como professores. Para isso, estão sendo aplicados os fundamentos didático-pedagógicos básicos expressos nas Diretrizes Pedagógicas da Enfam em ações formativas.

De acordo com a pedagoga Aldene Bentes, do Núcleo de Pedagogia da Esmam, o Fofo possui várias etapas e a primeira delas, o nível 1 – que está sendo realizado neste momento em Manaus -, é composto por três módulos: o primeiro, trata da exposição e dinâmicas que têm a finalidade de discutir temas relacionados aos processos de ensino e de aprendizagem, orientados para o desenvolvimento de competências, como o planejamento de aula e estratégias de ensino.

O segundo módulo do nível 1, trata do desenvolvimento do docente. Neste curso são aplicados os aspectos relativos aos princípios da ética e do humanismo como elementos constitutivos da formação. Também são discutidos os elementos do planejamento que viabilizam estruturar com clareza e objetividade a ação educativa; nesse módulo são organizadas ainda as estratégias de ensino e avaliação coerentes com os objetivos educacionais.

E o módulo 3 – que também está sendo realizado esta semana na Esmam -, traz reflexões sobre a prática docente, com a integração de palestra de temas pedagógicos ou jurídicos que tenham como objetivo a ampliação e o aprofundamento da formação, e de oficinas que tratem da aplicação do trabalho educativo no âmbito da magistratura.

“O interessante nesses cursos é que os formadores reorganizam sua atividade educativa e fazem isso a partir da troca de experiência reflexiva, que se estabelece entre eles. Tanto o módulo 1 quanto o 3, a combinação da atuação do magistrado formador com o lado pedagógico, leva a pensar a educação no âmbito da magistratura”, comentou a professora Maria Eveline Pinheiro, da Enfam.

Módulo 1

No módulo 1, as aulas estão sendo ministradas pelas professoras Maria Eveline Pinheiro e Sara Fernanda Gama. A primeira é pedagoga, mestra em Educação pela Universidade de Brasília (UnB), atuou nas redes pública e privada de educação básica do Distrito Federal e em cursos de formação de docentes; Maria Eveline também já participou da elaboração de livros, como “Projeto Político-Pedagógico da Escola” e “Docentes Universitários Aposentados: Ativos ou Inativos”, e ainda atua na seção de Planejamento e Avaliação Educacional da Enfam.

Sara Fernanda é doutora em Direito pela Universidade do Museo Social Argentino; mestra em Ciências Jurídicas e Políticas pela Universidade do Porto (Portugal); especialista em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Federal de Pernambuco; foi promotora de Justiça no período de 1996 a 1998 e titular da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no Maranhão (2007 a 2013). É coordenadora substituta do centro de Apoio às Vítimas do Tribunal de Justiça do Maranhão e atua também como juíza auxiliar da capital do Estado maranhense.

Módulo 3

O terceiro módulo do Fofo, com a participação de juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Amazonas, está sendo ministrado pelos juízes José Henrique Torres (TJSP) e Flávio Henrique Albuquerque de Freitas (TJAM) e também pela professora da Enfam Maria Eveline Pinheiro.

O primeiro magistrado é titular da Vara do Júri da Comarca de Campinas (TJSP), especialista em Direito das Relações Sociais e em Direito Processual Penal. Também é membro da Comissão de Assessoramento Pedagógico da Enfam, já presidiu a Federação de Associações Juízes para a Democracia da América Latina e Caribe, e integrou a Comissão de Terminalidade da Vida do Conselho Federal de Medicina (CFM). É consultor do Ministério da Saúde, da Comissão de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. É também membro do Grupo de Estudos sobre Aborto, da Rede Global Doctors For Choice/BR, da Católicas pelo Direito de Decidir e Plataforma Brasileira para a Política de Drogas.

O juiz Flávio Henrique de Freitas é especialista em Direito Penal e Processual Penal pela Universidade Estácio de Sá; especialista em Direito Processual Civil – Universidade Estácio de Sá. É juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Amazonas. Atua também na coordenação de Cursos de Ingresso, Formação Inicial e Continuada da Escola Superior da Magistratura do Amazonas.

 

 

 

Em parceria com a Semed, Seduc e OAB, o TJAM levou palestras, peças teatrais e atividades lúdicas às escolas para abordar o tema junto a estudantes de 6 a 14 anos.

Peças teatrais, palestras e atividades lúdicas com a participação de personagens do universo Marvel e de histórias infantis foram as estratégias utilizadas para levar orientações a alunos de quatro escolas da rede pública da capital durante esta semana, como parte da campanha alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – celebrado no último dia 25 –, promovida pela 2ª Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes (VECDSCA) e Coordenadoria da Infância e da Juventude (COIJ) do Tribunal de Justiça do Amazonas. As ações aconteceram na Escola Estadual Ana Lúcia de Morais Costa e Silva; Escolas Municipais Maria Pereira Campos e Vinícius de Moraes – todas na zona Norte; e Maria Lira Pereira, na zona Sul, onde a programação foi concluída nesta quinta-feira (23).

Na Escola Municipal Vinícius de Moraes, localizada na Comunidade Celebridade, no bairro Colônia Terra Nova, zona Norte da Cidade, que recebeu a ação na manhã de quarta-feira, alunos de 6 a 14 anos participaram da atividade, realizada com o apoio da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), que levou assistentes sociais e advogados voluntários, e da Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio do projeto “Caravana da Educação Física”, com professores da disciplina que atuam em 123 Centros de Educação Infantil de Manaus

As crianças de 6 a 10 anos, estudantes do 1º ao 5º ano, ficaram no auditório, orientadas pela personagem “Super Juíza”, representada pela magistrada titular da 2ª VECDSCA, Articlina Guimarães, que fez questão de se apresentar caracteriza para interagir com os pequenos e passar as orientações. “Nossa intenção é de que a informação chegue de forma lúdica, levando com brincadeiras, a mensagem que é a base da prevenção. Essa atividade de hoje parece bem porquinho, parece um grãozinho de areia no deserto mas, na verdade, para muitas crianças, isso é de extrema importância, porque essa ideia é replicada, é reproduzida pelas próprias crianças. Podemos fazer muito mais e já estou bem feliz com o resultado alcançado hoje”, afirmou a magistrada, agradecendo a dedicação de todos os parceiros da atividade.

A “Caravana de Educação Física” da Semed, com professores caracterizados como heróis da série Vingadores, orientaram os alunos sobre os “super-poderes” que estão ao alcance deles e que permitem que se imponham contra situações de abuso e a exploração. O professor Edivandro Alves, fantasiado como o personagem Loki, irmão vilão do Thor, explicou que sem estar caracterizado com um personagem para falar com a criança, ela até escuta, mas se ela não tem nenhum vínculo com a pessoa, a internalização dela é bem pequena. “Mas quando você traz um personagem que é referência dela e pelo qual ela tem carinho e proximidade, aí essa informação será internalizada de maneira mais rápida. Os personagens próximos da realidade deles, todos os dias assistem e vivem esses personagens na TV. Apresentamos o herói e o vilão e mostramos que podemos lutar contra problemas que podem acontecer. O bem usa seu poder para derrotar o mal e as crianças assimilam isso e negam tudo o que é do mal, aprendem a dizer não, a falar o que viram, contando o que aconteceu, se negam a receber brinquedos, presentes ou carona”, explica o professor de Educação Física da Semed.

Os pré-adolescentes, de 11 a 14 anos, alunos do 6° ao 9° ano, reunidos em outro espaço da escola, participaram de atividade com abordagem diferente: uma peça teatral, encenada pelo grupo Sapeca, formado por assistentes sociais voluntárias, que realizam atividades de apoio à infância junto à Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas. Advogados e assistentes sociais se juntaram durante essa semana à equipe do TJAM e Semed levando esclarecimentos e até mesmo prestando atendimentos nos locais designados para receber a caravana.

A advogada Tandra Peixoto Sena, presidente da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas explicou que a OAB-AM está engajada no acompanhamento de casos de exploração e abuso sexual infantil. “Estamos em parceria com o Grupo de teatro Sapeca, e buscamos em visita às escolas, plantar informação sobre a questão do abuso e exploração sexual, informamos às crianças acerca de seus direitos dentro do Estatuto da Criança e do Adolescente para poderem denunciar, seja para professora, para os pais, ou outra autoridade. Orientar as crianças que elas têm direito e que elas podem exercer esse direito”, afirma a advogada.

Realidade da escola

A escola atende 456 crianças em dois turnos e, segundo a gestora, Martha Braga Fernandes, está localizada em uma comunidade carente, com crianças que nunca saíram do espaço geográfico do bairro. A chegada da equipe causou empolgação e a mensagem a ser passada foi recebida com muita atenção. A gestora lembrou que nenhuma situação de abuso ou exploração foi relatada, até o momento, pelas crianças e é sempre bom esclarecer. “Esse tema é tratado o ano todo dentro da escola, há todo um cuidado na abordagem que realizamos, orientados pela Semed, seja com músicas ou filmes. Os professores estão sempre observando o comportamento das crianças. Orientamos os cuidados que eles devem ter”, esclareceu a gestora Martha Braga.

O aluno do 5º ano, David Jessé Bezerra de Araújo, 10 anos de idade, deu boas vindas a cada integrante da equipe. Extrovertido, disse que era muito legal receber pessoas na escola e estava animado, quanto ao conhecimento do tema, o pequeno mostrou-se esclarecido. “Minha mãe disse que pessoas más fazem coisas ruins com as crianças e deixam elas com pesadelo pelo resto de suas vidas. Aprendi que para denunciar tem o Disque 100. Que, quando eu for na rua para escola, devo tomar muito cuidado não falar com estranhos e não aceitar nada”, diz o estudante.

O evento aconteceu durante dois dias na capital amazonense e registrou mais de 600 pessoas inscritas.


O cinquentenário da Associação dos Magistrados do Amazonas (Amazon) foi comemorado com a realização de um congresso jurídico nos dias 16 e 17 deste mês, em Manaus, reunindo grandes nomes do Direito brasileiro, dentre eles, Lenio Streck, Aury Lopes Jr. e Ricardo Lewandowski. Mais de 600 pessoas se inscreveram no evento promovido em parceria com a Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam), Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Samel e Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg-AM).

 

O evento foi aberto pelo presidente da Amazon, juiz de Direito Cássio André Borges, que ressaltou a opção da entidade em comemorar o seu Jubileu de Ouro para a difusão do conhecimento jurídico. “Optamos por um congresso por ser uma forma de trazer a comunidade acadêmica, o operador do Direito e a própria sociedade para dentro da nossa casa. Recebemos um grande apoio da Esmam, Tribunal de Justiça, Samel e da Anoreg para fazer um evento grandioso, do tamanho da história da Amazon”, ressaltou Cássio Borges. “A nossa entidade representa os magistrados, que prestam justiça neste Estado há mais de cem anos, e a Amazon, com esse evento, pode dar o seu recado à sociedade de que nós somos juízes, só existimos enquanto juízes porque prestamos jurisdição para o cidadão”, continuou, fazendo um agradecimento a todos os envolvidos na realização do congresso.

 

O desembargador Flávio Pascarelli, diretor da Esmam, também discursou na abertura do Congresso dos Magistrados do Amazonas – Jubileu de Ouro da Amazon, realizado na tarde do dia 16, no auditório do Centro Administrativo Desembargador José Jesus Ferreira Lopes, prédio anexo à sede do TJAM, no bairro do Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus. Pascarelli lembrou que já presidiu a Amazon e tem participado da luta associativista por 35 anos. “A Amazon é importante para o magistrado, representando-o na construção dos avanços e conquistas da carreira, pois trata-se de um braço político da magistratura. A Esmam tem a honra de participar da realização desse evento”, enfatizou Pascarelli.

 

O vice-presidente do TJAM, desembargador Wellington José Araújo, que representou o presidente da Corte Estadual de Justiça, desembargador Yedo Simões, disse que está na magistratura há quase 40 anos e que faz parte da Amazon desde 1980, quando também participou da Diretoria da entidade, à época. Ele parabenizou à Amazon e toda sua equipe pelo congresso e escolha dos temas, que considerou de muita relevância para os operadores do Direito e acadêmicos.

 

A abertura do evento também foi prestigiada pelo procurador-geral do Amazonas, Alberto Bezerra de Melo, que representou o governador Wilson Lima; a procuradora-geral de Justiça Leda Mara Nascimento Albuquerque, chefe do Ministério Público Estadual; o procurador-chefe da União no Amazonas, André Petzhold Dias; Jorsinei Dourado do Nascimento, chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região; também compareceram o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas (OAB-AM), Marco Aurélio Choy; o presidente da Associação dos Magistrados do Acre, Daniel Gustavo Bonfim; Lauro Tavares, presidente da Associação Amazonense do Ministério Público do Amazonas; a presidente da Associação dos Defensores Públicos do Amazonas, Kathya Pinheiro Miranda; o defensor público-geral do Amazonas, Rafael Barbosa; além de outras autoridades civis e militares.

 

Discursos de ódio

 

A primeira palestra do congresso foi a do presidente da Amazon, juiz Cássio Borges, que substituiu a desembargadora Liana Mendonça, ausente por motivo de doença. No tema – Discursos de Ódio e o Limite da Liberdade de Expressão -, Borges fez uma análise minuciosa principalmente das mensagens veiculadas nas redes sociais e seus impactos na sociedade.

 

“Hoje, com o uso das redes sociais, um grande número de pessoas se acha no direito de destilar seus preconceitos, usando a alegação de ‘liberdade de opinião’, como viés para tal atitude”, observou o juiz. “Isso não é liberdade, é, na verdade, uma incorreção travestida de democracia, que visa atacar a própria democracia”, completou o magistrado.

 

Para o juiz, a sociedade brasileira “está doente” e somente uma Justiça vigilante e o respeito à Constituição podem garantir uma sociedade justa e pacífica.

 

No primeiro dia do evento, também palestraram a juíza federal Jaiza Fraxe, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que abordou as Políticas Públicas para a igualdade de gênero; o professor doutor Marcelo Maciel, da Universidade Federal de Minas Gerais, falou a respeito da evolução dos direitos da comunidade LGBT na jurisprudência brasileira; e o evento teve ainda a participação do jurista Lenio Luiz Streck, que discutiu com os presentes o papel do Judiciário na afirmação do regime constitucional de liberdades públicas.

 

O segundo dia foi marcado pelas palestras do ministro Ricardo Lewandowski, jurista Aury Lopes Jr, desembargador Flávio Pascarelli e do defensor público Maurílio Casas, que contou ainda com uma participação do juiz do TJAM Saulo Goes.

 

Na quinta-feira, a juíza Articlina Guimarães destacou a importância de se ampliar as orientações a respeito do tema.

A juíza titular da 2ª Vara Especializada de Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes, Articlina Oliveira Guimarães, foi convidada a falar aos internautas do portal G1 Amazonas, na tarde desta quinta-feira (16), sobre as ações de sensibilização pelo passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que será neste sábado (18).

A magistrada falou, entre outros assuntos, dos números de casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em Manaus, que chegaram a 686 em 2017 e a 809 casos em 2018, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Conforme a juíza Articlina, esse aumento no decorrer dos anos, foi um dos motivos que levaram o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) a reforçar o atendimento neste área, implantando a 2ª Vara Especializas em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes.

Ela também enfatizou a importância da população denunciar, pelo disk 100, situações que possam ser consideradas como enquadradas nesses tipos de crime.

Sobre as ações que começam nesta sexta-feira (17), a juíza Articlina disse que é uma realização da Coordenadoria da Infância e da Juventude (COIJ), que tem à frente a juíza Rebeca de Mendonça Lima, e da 2ª Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes do TJAM. “As atividades se estenderão até o dia 23, com o reforço das orientações sobre o tema e haverá ações em parceria com escolas da rede pública. Está programado um concurso de produção de texto, de vídeo, de cartaz ou desenho e, ainda, ações de panfletagem nas escolas, dentre outras atividades”, destacou a magistrada.

A entrevista foi conduzida pela jornalista Izabella Pina. Ao finalizar, a juíza fez um convite à sociedade para que prestigie a semana de orientação sobre o tema, cuja abertura ocorreu na manhã desta sexta-feira (17), no hall de entrada do Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro São Francisco, zona Sul da capital.

Os membros da Comissão Organizadora do Concurso das Serventias Extrajudiciais reúnem-se nesta sexta-feira (dia 17), às 9h30, para proceder à análise das defesas apresentadas pelos candidatos citados na Portaria 28/2019, da presidência da referida comissão.

O encontro ocorrerá na Sala de Reuniões da Corregedoria de Justiça, no 8º andar do Edifício Sede do Tribunal de Justiça do Amazonas, no Aleixo.

O certame, que teve início no ano passado, é  para outorga de delegação de serviços notariais e registrais em 51 cartórios extrajudiciais do Amazonas que estão sem titular. Dessas vagas, 17 serão preenchidas por remoção e 34 por provimento inicial.

O concurso encontra-se na fase de análise de documentação e da vida pregressa dos candidatos aprovados nas etapas anteriores (prova escrita, prova oral e de títulos).

 

As mudanças fazem parte de um pacote de sugestões apresentado pelos magistrados das comarcas do interior do estado durante curso promovido pela Esmam.


O juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas (CGJ-AM), Antônio Marinho Júnior, reuniu-se nesta semana com a equipe de Tecnologia da Informação e Comunicações do TJAM, responsável pela manutenção do Sistema Projudi (Processo Judicial Digital), para elencar as melhorias solicitadas pelos magistrados das Comarcas do interior do Estado durante a palestra “Inovações”, ministrada pelo próprio juiz da CGJ-AM em curso promovido pela Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam), que ocorreu dos dias 6 a 10 deste mês.

Dentre as modificações previstas está o zoneamento dos municípios, que vai permitir o cadastramento de zona rural e zona urbana, facilitando o cumprimento de mandados; o peticionamento eletrônico de advogados, que possibilita a interlocução entre secretarias e patronos nos agendamentos de audiências de conciliação; a criação de uma competência “pré-processual” no sistema para tratar de demandas antes da judicialização; a utilização de tablet para colher assinaturas; além da intimação via WhatsApp e intimação eletrônica dos atos judiciais que já se encontram ativas no sistema.

De acordo com o coordenador do Projudi, Rodrigo Marinho, as modificações serão gradativas e a ideia é estender os serviços para todas as competências das Comarcas do Amazonas, onde funciona o sistema. “Em linhas gerais, estamos trabalhando com procedimentos que têm o objetivo de melhorar a produtividade das varas do interior do Estado. E não vamos nos limitar aos juizados, queremos alcançar todas as outras competências. Já definimos os ajustes e estamos organizando um cronograma. O que é possível adiantar é que até o final deste mês já teremos mudanças”, destacou.

Para Antônio Marinho Júnior, a participação dos magistrados na elaboração de soluções para os problemas locais que são comuns às comarcas do interior é necessária, pois aumentam as chances das ações técnicas tornarem-se mais eficazes. “Valorizamos cada experiência e estamos empenhados em oferecer feedback. O propósito das medidas é que a comunicação e o trabalho nas varas sejam feitos de forma mais rápida, utilizando as tecnologias que temos disponíveis, e isso está sendo construído de forma conjunta”, ressaltou.

Projudi

O Processo Judicial Digital é um sistema utilizado pelo Judiciário do Amazonas nas comarcas do interior que permite a substituição do papel por autos processuais digitais. Atualmente movimenta 201.321 processos, em 78 Varas de 61 Comarcas do Estado.

 

Vinte e quatro unidades aderiram à campanha, realizada no último mês de abril, por iniciativa do Comitê Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal.


A Presidência do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), por meio da Portaria nº 1.047, do último dia 30 de abril, elogiou formalmente as 24 unidades judiciárias que aderiram às ações da Campanha de Acessibilidade realizada nos dias 4 e 5 de daquele mês, no hall dos Fóruns Henoch Reis e Euza Maria Naice de Vasconcelos, ambos localizados no bairro São Francisco. Promovida pelo Comitê Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal, em parceria com a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoas com Deficiência (Seped) e o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), a ação teve como objetivo fomentar a aprimorar as ações de inclusão do âmbito do Judiciário Estadual.

Foram elogiadas pela adesão à campanha a 1ª, 4ª, 5ª, 6ª e 8ª Varas de Família; a 1ª Unidade de Processamento Judicial (UPJ); a 1ª, 2ª, 4ª , 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 11ª Varas Criminais; 1ª, 2ª e 3ª Varas do Tribunal do Júri; Ouvidoria-Geral de Justiça; Vara Especializada da Dívida Ativa Estadual; e a 1ª, 3ª e 4ª Varas Especializadas em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecutes).

Com o tema “Acessibilidade e Inclusão: Ampliando a visão”, a campanha foi formatada seguindo as diretrizes da Resolução nº 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – que orienta os tribunais na adequação das atividades em relação às determinações da Convenção Internacional sobre o Direito das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo –, e contou com a participação de servidores para vivenciar a realidade das pessoas com deficiência (PCDs). Como parte da atividade, os servidores usaram tapa-olhos, cadeiras de rodas e elásticos para dificultar sua mobilidade e, desta maneira, experimentar as dificuldades diárias enfrentadas por essas pessoas.

“Esse tema nos ajuda a assumirmos nossa parcela de responsabilidade, com a visão de termos uma instituição sem barreiras, que garanta segurança e autonomia das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. O número de Varas que aderiram à ação do último mês de abril demostra um reconhecimento dos princípios da Acessibilidade e da Inclusão e a valorização dos direitos das pessoas com deficiência. Este tema possui uma vasta legislação, mas que ainda é pouco efetivada nos espaços públicos. O envolvimento das pessoas é essencial para positivarmos os direitos e avançarmos nesta matéria”, disse Fernanda Coelho, diretora da Divisão de Serviço Social, um dos setores que integram o Comitê Permanente de Acessibilidade e Inclusão, coordenado pelo juiz Alexandre Novaes.

De acordo com Fernanda Coelho, ao longo do ano serão realizadas várias outras ações a fim de motivar a integração das Varas às Campanha de Acessibilidade. “Serão feitos vídeos, pesquisas institucionais, cadastramento para uso de vagas especiais, estudos técnicos, capacitação e o Primeiro Encontro de Servidores com Deficiência”, destacou.

 

 

Julgamento é singular e serve como paradigma útil para evitar recursos repetitivos sobre o mesmo tema.

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) confirmou, por unanimidade de votos, um acórdão proferido em Apelação e firmou entendimento sobre a inadmissibilidade de compensação entre a atenuante de confissão e a reincidência específica. O julgamento servirá como paradigma para se evitar recursos repetitivos sobre o mesmo tema.

Com os termos da decisão, a 2ª Câmara Criminal se pronuncia, pela primeira oportunidade, depois da nova sistemática imposta pelas novas regras do CPC, com a finalidade de pacificar entendimentos e garantir a segurança jurídica das decisões correlatas.

O processo em questão (nº 0245516-49. 2015.8.04.0001) teve como relator o desembargador Djalma Martins da Costa, cujo voto, frisou que “a compensação não se justifica quando a circunstância da confissão espontânea se afasta dos limites daquela que está em evidência, ou seja, da preponderante, concretizada pela reincidência, com a condenação pela prática do mesmo tipo de crime, desta vez, consumado”.

No processo, uma mulher – condenada a 2 anos e seis meses de reclusão pelo crime de furto majorado – interpôs Recurso Especial Criminal visando à reforma do acórdão de apelação porque não foi beneficiada com a compensação entre a atenuante de confissão e a agravante de reincidência na segunda fase da dosimetria (cálculo) da pena.

Conforme denúncia apresentada nos autos pelo Ministério Público Estadual, a referida mulher, no dia 15 de outubro de 2015 furtou diversos produtos da prateleira de uma drogaria localizada no bairro Betânia, com sua imagem sendo captada pelo sistema de monitoramento eletrônico do estabelecimento que possibilitou a comprovação do delito e a identificação da denunciada.

O juízo da 7ª Vara Criminal condenou a acusada a 2 anos e seis meses de reclusão e na sentença apontou que, embora ela tivesse a seu favor uma circunstância de atenuante prevista no art. 65, III-d, do Código Penal (confissão espontânea da autoria do crime), tinha a seu desfavor a circunstância agravante da reincidência, razão pela qual o juízo afirmou que “não há causas de aumento ou diminuição da pena a serem consideradas, tornando-a, assim, definitiva”.

De acordo com o voto do desembargador Djalma Martins da Costa “há prova clarividente que a condenação anterior ao julgamento desta Apelação Criminal, não bastou para que a apelante se sentisse desestimulada de praticar novos crimes (…) e, inobstante o esforço hercúleo e honroso da defesa da apelante, hei de ratificar o voto que proferi por ocasião do julgamento em sessão desta egrégia Câmara Criminal e firmo o posicionamento segundo o qual a nominada agravante específica da reincidência prepondera sobre a atenuante de assunção de culpa”, concluiu o magistrado.

 

Útil para operadores do Direito, magistrados e profissionais do sistema Judiciário, Manual pode ser acessado no site do Tribunal.


O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) lançou seu “Manual de Orientação para Procedimentos de Cálculos Judiciais e Administrativos”. Editado de forma inédita, o Manual pretende orientar profissionais do sistema judiciário, magistrados e operadores do Direito acerca dos procedimentos técnicos envolvidos na realização de cálculos no interesse da instrução processual, da execução e em demandas administrativas.

Aprovado pelo Pleno da Corte, o Manual está disponível no site do TJAM – no campo “Custas, Depósitos e Fianças” – e pode ser acessado, também, clicando neste link.

O conteúdo, conforme sua comissão organizadora, surgiu da necessidade de estabelecer parâmetros norteadores aos setores de cálculos judiciais e administrativos do TJAM, orientando-os quanto a orientações formais e técnicas em seus ofícios.

O Manual também é útil a advogados, especificamente nos casos em que a liquidação ou cumprimento da sentença esteja a cargo do credor. É relevante, também, para os magistrados, oferecendo auxílio em decisões de questões relacionadas a cálculos, por compilar a legislação e a jurisprudência sobre os temas tratados.

Em 30 páginas, o Manual abrange um glossário de termos pertinentes ao cálculo judicial e capítulos específicos tratando sobre “honorários advocatícios”, “juros moratórios”, “juros compensatórios”, “multas”, “custas e despesas processuais”, “multas em ações criminais”, “desapropriações”, “honorários em ações contra a fazenda público e processos administrativos”, “requisição de pequeno valor”, “precatórios” e “correção monetária em ações tributárias, em ações previdenciárias e de acidentes do trabalho”.

A comissão que elaborou o Manual foi presidida pelo juiz auxiliar da presidência do TJAM, Luís Márcio Nascimento Albuquerque e teve a participação da assistente de Cálculos da Secretaria da Central de Precatórios, Mônica Zimmermann; do diretor da Conta Única, Alber Furtado de Oliveira; do assistente judiciário da 3ª Contadoria, Anderson Felipe Varjão Teles; do analista judiciário da 3ª Contadoria, André de Medeiros Caria; da secretária, da 3ª Contadoria, Keytiane Mendes Souza, secretária, da 3ª Contadoria; e Vitor de Andrade Lima, assessor técnico de Contabilidade, da Secretaria de Controle Interno/TJAM.

Em reunião técnica com a referida comissão, o presidente do TJAM, desembargador Yedo Simões, deu destaque ao trabalho desenvolvido pela equipe de servidores cujo resultado está, agora, disponível para consulta.

“Instituímos esta Comissão Técnica, logo no início de nossa gestão, por entendermos que era de grande importância para o Tribunal estabelecer parâmetros orientadores e ter uma uniformização no trabalho feito pelos setores de cálculos judiciais. Quase todos os tribunais do País têm um manual dessa natureza e nós, agora, passaremos também contar com esse instrumento, a ser adotado na capital e em todas as nossas Comarcas do interior, por todas as Varas. Vou levar, portanto, o resultado do trabalho da comissão à aprovação do Pleno, para que o manual passe brevemente a ser adotado pelas nossas unidades judiciais e administrativas”, afirmou o presidente do TJAM, desembargador Yedo Simões.

 

Unidade do TJAM, que tem como titular o juiz Adalberto Carim, recebeu a Medalha Comemorativa do Sesquicentenário do Conflito da Tríplice Aliança.

A Vara do Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa) do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) foi homenageada nesta quarta-feira (8) com a Medalha Comemorativa do Sesquicentenário do Conflito da Tríplice Aliança, concedida pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) como reconhecimento aos relevantes serviços prestados pela unidade judiciária em colaboração com o Exército.

“Para nós foi uma honra receber esta Medalha e com alegria a compartilhamos com toda a sociedade amazonense”, ressaltou o juiz Adalberto Carim Antônio, titular da Vemaqa, após a cerimônia realizada na sede da instituição militar, na zona Oeste da capital.

A cerimônia, que também homenageou outras instituições, foi conduzida pelo Comandante da 12ª Região Militar, general de divisão Alberto Mansour, que representou o comandante militar da Amazônia, general do Exército César Augusto Nardi de Souza, na solenidade.

Medalha

A Medalha entregue nesta quarta-feira pelo CMA é outorgada como agradecimento aos grandes e relevantes serviços prestados ao Exército Brasileiro. Ela faz alusão à frente aliada formada por Brasil, Argentina e Uruguai, que lutou contra o Paraguai no conflito iniciado em 1864 e finalizado em 1870. O conflito terminou com a vitória dos aliados e a morte do líder paraguaio, Solano Lopes, com grave repercussão econômica para aquele país, que teve de arcar com as dívidas geradas pela investida fracassada. Em relação ao Brasil, a disputa internacional de seis anos teve um saldo de cem mil mortes e muitos heróis, entre eles, Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro.

O Comando Militar da Amazônia (CMA), que promoveu a solenidade, é composto, atualmente, por mais de 17 mil militares, distribuídos nos Estados que compõem a Amazônia Ocidental: Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. É considerado um Comando Militar de Área estratégico pelo Centro de Operações Terrestres do Exército, devido estar localizado em uma região com a maior faixa de fronteira do Brasil sob sua jurisdição (9 mil quilômetros) e, também, fazer limite com sete países da América Latina.