Designado pelo presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, o juiz Jorsenildo Dourado do Nascimento será um dos representantes do Conselho na Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro.


O juiz do Tribunal de Justiça do Amazonas Jorsenildo Dourado do Nascimento, que atua como juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, passará a integrar o grupo de representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA). O ato do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Dias Toffoli, com a indicação do juiz Jorsenildo foi publicado na quinta-feira (4), com vigência imediata.

Criada em 2003, a ENCCLA se define como “a principal rede de articulação para o arranjo e discussões em conjunto – com uma diversidade de órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das esferas federal e estadual e, em alguns casos, municipal, além do Ministério Público de diferentes esferas –, para a formulação de políticas públicas voltadas ao combate àqueles crimes”. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado à Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, atua como Secretaria-Executiva da Enccla, por intermédio da Coordenação-Geral de Articulação Institucional do DRCI.

Por telefone, de Brasília, o magistrado amazonense falou ao Portal do TJAM sobre a nova missão, que exercerá em paralelo às atribuições na Corregedoria Nacional: “é uma honra ter sido indicado pelo ministro Dias Toffoli para integrar a ENCCLA, como um dos representantes do Conselho Nacional de Justiça. Mas, acima de tudo, encaro a indicação com um senso de responsabilidade redobrado, já que a ENCCLA é responsável pela formulação de políticas públicas voltadas ao combate de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, bem como na criação de instrumentos de cooperação jurídica internacional”, disse Jorsenildo.

Além do magistrado amazonense, integram também a ENCCLA como representantes do CNJ os Conselheiros Fernando Mattos e Arnaldo Hossepian; o juiz Richard Pae Kim, secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ e Gabriela Soares, diretora executiva do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ.

Mais sobre a ENCCLA

O trabalho da ENCCLA é concretizado nas chamadas Ações, as quais são elaboradas e pactuadas anualmente pelos membros que integram a rede. “Para cada uma das Ações, cria-se um grupo de trabalho composto por vários órgãos e instituições, o qual tem como mandato o alcance de um ou mais produtos predefinidos, por meio de atividades como realizar estudos e diagnósticos legais-normativos e de composição de bancos de dados, elaborar propostas legislativas, averiguar o estado da arte de sistemas de cadastros, indagar necessidades e promover soluções em TI, buscar eficiência na geração de estatísticas e realizar eventos voltados à evolução dos temas por meio de debates. Os grupos de trabalho costumam reunir-se mensalmente”, informa o site da rede de articulação.

No cenário mundial, a ENCCLA tem cumprido papel essencial para atender, ainda, as recomendações internacionais. Ao longo desses anos, os trabalhos desenvolvidos pelo organismo trouxeram diversos resultados positivos no combate ao crime de lavagem de dinheiro e às práticas de corrupção. Neste link, é possível conhecer alguns desses resultados.

 

Justiça Estadual também determinou à Prefeitura, a fiscalização permanente no mesmo local para inibir novas ocupações em área de preservação.

A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) confirmou decisão de 1ª instância e determinou que a Prefeitura de Manaus proceda a regularização fundiária de uma área localizada no Conjunto Hiléia, na zona Centro-Oeste da capital. O espaço urbano em questão é uma área de preservação permanente e a decisão ordena, ainda, que o Município realize vistoria permanente do local com o intuito de coibir a degradação ambiental da área.

A relatora do processo (nº 0707607-18.2012.8.04.0001), desembargadora Maria das Graças Pessôa Figueiredo, negou provimento à Apelação interposta pelo Município – por meio da Procuradoria do Meio Ambiente e Urbanismo – e manteve na integralidade, a sentença proferida em 1º grau.

O voto da relatora foi acompanhado de forma unânime pelos demais desembargadores que compõem a 1ª Câmara Cível da Corte Estadual de Justiça.

O processo originou-se de uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) que, alertando para os prejuízos ambientais ocasionados pela construção de moradias em área de preservação, requereu a fiscalização para impedir a construção de novas residências no local. O MPE também requereu a retirada das moradias ali existentes.

O juízo da Vara Especializa do Meio Ambiente julgou parcialmente procedente o pleito do MPE, mas afastou o pedido de retirada dos ocupantes do local, uma vez que a retirada causaria “grande prejuízo à população com a mitigação do direito à moradia.”. A magistrada, contudo, determinou que a Prefeitura realize vistoria permanente no local. O Município recorreu da decisão.

A relatora da Apelação, desembargadora Maria das Graças Pessôa Figueiredo, apontou que, amparada em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – REsp. 154/906/MG, de relatoria do ministro Barros Monteiro – a sentença do Juízo de Piso deve ser mantida. “O cerne da questão recursal (…) é a omissão do Município em fiscalizar e coibir a invasão e degradação de área permanente de proteção ambiental”, apontou a relatora.

A desembargadora acrescentou que a retirada compulsória das moradias existentes, hoje, no local – aproximadamente 60 casas –, é medida inviável. “Considerando que na área em questão a ocupação foi realizada por um grande número de pessoas, bem como o caráter itinerante destas posses, torna-se inviável a qualificação e citação de todos os envolvidos (…) Desta forma, acredito que a solução encontrada pela magistrada a quo além de sensata, também atende aos protegidos pela Constituição Federal de forma equânime”, concluiu a desembargadora Graça Figueiredo, mantendo a sentença inalterada em conformidade com parecer do MPE.

 

Participam do curso juízes do Tribunal de Justiça do Amazonas, defensores públicos e promotores de justiça.   


O juiz de Direito Paulo Augusto Oliveira Irion, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e titular da 1ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Porto Alegre, afirmou em Manaus que é preciso, com urgência, enfrentar o problema da superlotação das unidades prisionais e o domínio das facções criminosas em todos os Estados brasileiros. O magistrado está na capital ministrando o Curso de Aperfeiçoamento e Vitaliciamento da Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam), sobre “Execução Penal”, área das questões relacionadas ao cárcere e reabilitação do condenado.

O curso, cuja participação é gratuita, começou na tarde da última segunda-feira (1º/4) e conta com a presença de juízes do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), defensores públicos e promotores de justiça que atuam na área de Execução Penal. “O que nós temos que enfrentar com urgência é a superpopulação nas unidades prisionais e o domínio das facções. O Estado precisa encontrar fórmulas para reduzir essa superpopulação carcerária e, ao mesmo tempo, retomar o comando dos presídios, que está na mão das facções. Esse quadro hoje é em todo o Brasil. Não há uma unidade da federação que fique fora disso. E quanto mais presos, melhor para esses grupos criminosos”, enfatizou o magistrado gaúcho, referindo-se à captação de ‘mão-de-obra’ para o crime organizado.

Ainda de acordo com o juiz, todos os Poderes têm que empenhar esforços para chegar a soluções que ajudem essa população a cumprir sua pena com dignidade e que “o Estado volte a ser o gerenciador do sistema prisional”. No Rio Grande do Sul, ainda conforme Irion, há muito diálogo entre os órgãos ligados ao tema “sistema prisional”. “Na semana passada mesmo tivemos uma reunião envolvendo o subsecretário de Segurança Pública, o diretor dos sistemas penitenciários, promotores de Justiça, defensores públicos e juízes, todos dialogando e procurando chegar a entendimentos que minimizem os problemas. Mas, muitas vezes, soluções concretas acabam passando por decisões judiciais”, acrescentou Paulo Irion.

O magistrado proferiu uma decisão judicial no mês de dezembro do ano passado em que determinava ao Estado a diminuição da população de quatro unidades carcerárias de Porto Alegre. A decisão, que teve como base entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça, já foi confirmada pelo tribunal gaúcho. “Havendo essa diminuição – e agora vai ter que haver -, com um menor número de presos, de acordo com a capacidade das unidades prisionais, sob o ponto de vista de engenharia, fica bem mais fácil de o Estado retomar o comando da gestão (do presídio)”, explicou Irion, que foi criticado pela decisão, mas disse que é preciso observar que “décadas” se passaram e não ocorreram mudanças no sistema prisional.

No início de 2017, uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado na BR 174 (Manaus-Boa Vista) resultou na morte de 56 detentos, além da fuga de mais de cem presos. A guerra entre facções criminosas rivais teria desencadeado o pior massacre em sistema prisional do Estado e com grande repercussão internacional. Na época, reportagens publicadas pela imprensa indicavam que o Compaj estava também com mais de 1,2 mil presos, enquanto que a capacidade do presídio seria para 454 detentos.

Naquele mesmo período, além do Amazonas, também ocorreram rebeliões com morte de presos em penitenciárias do Rio Grande do Norte, Paraíba, Roraima e Alagoas.

Curso

O curso começou na segunda-feira vai até sexta, dia 5, no horário da tarde. Promovido pela Esmam, órgão da Corte Estadual de Justiça, o curso tem a finalidade de levar ao aprimoramento e à unificação de rotinas, fluxos de trabalho para uma melhor prestação de serviços e melhoria dos processos de gestão das unidades judiciárias no que tange à legislação, às penas e medidas de segurança, à natureza jurídica, à autonomia do Direito de Execução Penal, à humanização, garantias processuais e relação jurídica.

A atividade foi aberta pelo juiz de Direito Flávio Henrique Albuquerque de Freitas, coordenador de Cursos de Formação Inicial e Continuada da Esmam. Ele destacou que o curso possui o credenciamento da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), órgão máximo das escolas judiciais brasileiras, e que também está voltado para o vitaliciamento dos juízes que tomaram posse no TJAM entre o final de 2017 e início de 2018. O vitaliciamento compreende todo o período de estágio probatório para juízes. Freitas ressaltou ainda a presença de defensores públicos e promotores de justiça no curso, participação que foi elogiada pelo palestrante.

“Todos nós estamos na mesma tarefa e uma troca de ideias, como a que estamos fazendo aqui, será fundamental para enfrentar esse problema que é gigantesco”, comentou o Juiz Paulo Irion.

A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) está participando com quatro defensores públicos – Priscila Lima, Valéria Araújo, Oswaldo Neto e Arthur Macedo -, sendo que dois atuam diariamente na área da Execução Penal. “Na própria academia, o tema ‘Execução Penal’ é pouco debatido e, na prática, verificamos que há algum desconhecimento por parte de operadores do Direito em relação a essa área. Então, quando é oferecido um curso sobre esse assunto, que visa debater a Execução Penal, mostrar como anda essa área em outros Estados, é sempre muito relevante”, explicou o defensor que desde 2016 atua na Execução Penal.

O promotor de Justiça Alessandro Samartin de Gouveia afirmou que o tema escolhido para o curso “é da maior relevância” para os operadores do Direito e parabenizou o TJAM e a Escola da Magistratura pela iniciativa. “Parabenizo essa iniciativa, principalmente pelo convite a integrantes tanto do Ministério Público quanto da Defensoria. É uma experiência enriquecedora. Hoje, nós vivemos na Execução Penal os efeitos do aumento da criminalidade e a questão da política pública que deve ser empregada pelo Estado nessa área. Depois do episódio de 2017, nós temos, no Amazonas, uma posição de vitrine e por isso precisamos nos cercar de conhecimentos teóricos para que possamos melhorar nossa prática, fazendo com que a Constituição e demais leis sejam cumpridas tanto no que tange a direitos quanto deveres”, observou o promotor.

 

A ação contará com a parceria do Centro Universitário Fametro, que vai ceder o espaço para a realização das audiências e disponibilizará alunos do último período do curso de Direito.


O 3º Juizado Especial Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) vai realizar na sexta-feira (6) um mutirão de conciliação com mais de 100 audiências pautadas e que reunirá consumidores e grandes litigantes. Entre eles, bancos, companhias de telefonia celular, serviços de internet e concessionárias de água e energia. Nesta terça-feira (2), cerca de cinquenta universitários passaram por treinamento para atuarem como conciliadores durante a ação. Eles são acadêmicos do curso de Direito do Centro Universitário Fametro, que através do Núcleo de Práticas Jurídicas estará atuando como instituição parceira da atividade.

“O mutirão vai nos permitir antecipar essas audiências em pelo menos seis meses. A grande beneficiada é a sociedade, que consegue ter a justiça de forma mais rápida e eficiente. É preciso buscar alternativas para garantir a efetividade dos princípios como dignidade humana, da celeridade processual e do acesso à justiça”, destacou o juiz Luís Cláudio Chaves, que está respondendo cumulativamente pelo 3º JEC.

O magistrado explica que serão dois horários de audiências: de 8h30 às 10h30 e de 10h30 às 12h30, com 50 audiências em cada horário.

“Nós ficamos muito honrados em poder contribuir efetivamente com essa prestação de serviços à comunidade. Uma forma de fazer retornar à sociedade aquilo que os alunos vieram buscar na instituição. É o conhecimento sendo colocado em prática”, destacou a reitora da Fametro, Maria do Carmo Sefair.

Lincy Parente, que está no último ano do curso de direito da Fametro e participou do treinamento realizado nesta quarta-feira, destaca a importância da atividade para a sua formação. “Eu vejo como grande oportunidade de praticarmos o Direito. Uma forma de colocar em prática o conhecimento teórico que vínhamos acumulando durante todos esses anos. Só temos a agradecer ao Tribunal de Justiça do Amazonas e à Fametro pela iniciativa”, afirmou a universitária.

As audiências de conciliação serão realizadas no novo prédio da Fametro, localizado na Av. Constantino Nery, nº 3000, Chapada.

Novo espaço foi planejado conforme prevê a Lei Federal nº 13.431/17, com ambiente adequado e protegido para que as vítimas prestem depoimento em processos judiciais.


A 2ª Vara Especializada em Crimes contra Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) está prestes a inaugurar o espaço especial direcionado à escuta e depoimento de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de crimes contra a dignidade sexual, a Sala do Anjo 2. O ambiente está localizado no 5º andar do Fórum Ministro Henoch Reis e vai se interligar, por meio de videoconferência, com a sala de audiências, que funciona no 4º andar do mesmo prédio.

Segundo a titular da 2ª Vara, juíza Articlina Oliveira Guimarães, o local especial está previsto na Lei Federal nº 13.431/17 e objetiva oferecer ambiente adequado e protegido para que as vítimas prestem depoimento em processos judiciais. Atualmente, para cumprir o que é determinado pela nova lei, a equipe da 2ª Vara utiliza, por duas vezes na semana, a Sala do Anjo 1, que pertencente à 1ª Vara Especializada em Crimes contraa Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes, que tem como titular a juíza Patrícia Chacon.

A juíza Articlina explica que o depoimento é extremamente sigiloso: no momento do depoimento, apenas a psicóloga permanece com a vítima e na sala de audiência a informação chega a uma TV, onde o réu acompanha a escuta devido ao direito de ouvir toda prova produzida contra ele. “Mas o réu fica de costas para a TV, sem olhar para a vítima na tela. A não ser que a vítima faça a escolha de depor sem a presença do réu, então, nem de costas ele estará presente. Tomamos o cuidado da sala ser em local diferente do andar da Vara para evitar que réu e vítima se encontrem. É um cuidado e zelo que o Tribunal teve é uma sala arquitetada com muito amor e carinho”, explica a magistrada.

A Lei 3.431 impõe a obrigatoriedade da criança atingida ou testemunha de violência ser ouvida no formato especial com técnico capacitado, que saiba como deve ser feita a abordagem à criança. “A gente assiste a todo o depoimento. A psicóloga tem um ponto no ouvido e o juiz, o promotor e o defensor fazem as perguntas, ao final do depoimento, para a psicóloga e ela pergunta para a vítima da forma certa, adequada para a criança. A sala tem essa finalidade, atender a determinação contida na lei”, assinala a juíza, que explica que a criança não pode ser submetida a sofrimento com perguntas inadequadas na frente de outras pessoas. “Afinal de contas ela vai falar de uma questão muito íntima, de um abuso que foi cometido contra sua dignidade sexual e precisa ser ouvida reservadamente, em uma sala especial, onde seja acolhida de forma humanizada, onde se sinta mais calma, mais tranquila e especialmente por um técnico capacitado”, finaliza.

O novo espaço possui três ambientes: 1) a Recepção, que receberá os pais e acompanhantes da criança. O local terá uma pequena fonte de água e painéis com figuras e frases positivas para transmitir a todos um ambiente de calma e paz; 2) a Sala de Acolhimento, espaço lúdico, com figuras e imagens de incentivo a pensamentos positivos, para o qual a vítima será encaminhada e que deixará a criança e/ou adolescente mais relaxado e onde a psicóloga iniciará a abordagem; 30 a Sala de Ouvida, equipada com câmera e onde a psicóloga estará com o pontos no ouvido e de onde o depoimento será transmitido, em tempo real, para a Sala de Audiência.

“A sala pra mim é muito especial, por isso todo carinho e amor que estou dedicando. Agradeço em nome do Tribunal de Justiça a parceria do Ministério Público do Trabalho, na pessoa da procuradora do trabalho Alzira Costa, que foi sensível a essa de manda e soube perceber a necessidade da criança ser ouvida num formato adequado e fosse recebida em uma sala adequada”, disse a juíza, informando que o MPT fará a doação dos equipamentos que de transmissão que serão utilizados no espaço.

O que a Lei 13.431/2017 diz

Com relação ao depoimento especial, a Lei 13.431/2017, no Art. 8º, informa que é o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência perante autoridade policial ou judiciária e, logo em seguida, no artigo 9º, que a criança ou o adolescente será resguardado de qualquer contato, ainda que visual, com o suposto autor ou acusado, ou com outra pessoa que represente ameaça, coação ou constrangimento. E deixa claro a necessidade do local reservado no artigo dez, que determina local apropriado e acolhedor, com infraestrutura e espaço físico que garantam a privacidade da criança ou do adolescente vítima ou testemunha de violência.

 

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Corregedoria Nacional de Justiça apresentaram aos membros da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) uma proposta de normativo para incluir os notários e registradores entre os entes obrigados e informar operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A ideia é fechar ainda mais o cerco contra esses crimes.

“A atividade notarial brasileira é muitas vezes utilizada para dar aparência de legalidade e licitude a atos que envolvem a prática de corrupção e lavagem de dinheiro”, explicou o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional Jorsenildo Dourado do Nascimento. “Ao integrar os notários e os registradores ao Coaf, o CNJ mostra sua posição firme no combate a esses atos criminosos”, completou.

De acordo com a proposta do CNJ, os notários e registradores devem avaliar a existência de suspeição nas operações ou propostas de operações de seus clientes, dispensando especial atenção àquelas incomuns ou que, por suas características, no que se refere a partes envolvidas, valores, forma de realização, finalidade, complexidade, instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar indícios dos crimes de lavagem de dinheiro ou de financiamento ao terrorismo, ou com eles relacionar-se. Caso haja alguma operação suspeita, ela deve ser imediatamente comunicada ao Coaf.

Os demais integrantes da Enccla terão 10 dias, contados a partir de 28/3, para propor sugestões ao texto. “O ideal seria ainda que os notários tivessem também acesso aos bancos de dados de identificação da população, no âmbito nacional e dos estados. Assim poderiam, de imediato, identificar documentos falsos com mais facilidade e evitar sua utilização em crimes”, comentou Nascimento.

Combate à corrupção e à lavagem de dinheiro

Desde 2003, a Enccla articula os esforços de órgãos públicos na prevenção, fiscalização e combate à corrupção e à lavagem de dinheiro. Sob coordenação da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, cerca de 100 órgãos do Poder Executivo, do Legislativo e do Judiciário, além do Ministério Público, traçam metas anuais para aperfeiçoar as políticas públicas de combate aos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Em 2018, o CNJ colaborou diretamente em duas ações: Ação 2, que visa propor o aprimoramento na gestão de bens apreendidos no processo penal e nas ações de improbidade administrativa e a Ação 8, para aprofundar os estudos sobre a utilização de moedas virtuais para fins de lavagem de dinheiro e eventualmente apresentar propostas para regulamentação e/ou adequações legislativas.No ano passado, a Meta 4 do Poder Judiciário estabeleceu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), às cortes estaduais, à Justiça Federal e à Justiça Militar da União e dos estados, a priorização dos processos relativos à corrupção e à improbidade administrativa.

Os conselheiros Fernando Mattos e Arnaldo Hossepian são os representantes do CNJ na Enccla.

 

O anúncio foi feito durante encontro com o presidente do TJAM, seguido de visita ao terreno onde as obras serão realizadas.


O presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, desembargador Yedo Simões, reuniu-se na tarde desta quinta-feira (29) com a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do Governo Federal, Damares Alves, que cumpriu agenda oficial no Estado. Durante encontro, o desembargador apresentou à ministra o pré-projeto de construção do “Complexo Maria da Penha” e em seguida a comitiva visitou o terreno onde a obra será realizada, na Avenida das Torres, zona Norte da capital.

“Foi muito positivo esse primeiro encontro. Há uma disposição da ministra em buscar recursos necessários para a construção do complexo que vai abrigar os Juizados “Maria da Penha” e, também, para atender as crianças vítimas de violência sexual. Ela está disposta a nos ajudar a construir esse centro e nós estamos muito esperançosos com isso,” destacou Yedo Simões.

O projeto prevê a concentração, no local, dos Juizados Especializados no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com o suporte de demais órgãos da rede de apoio às vítimas, dentre outros serviços. Questionada sobre o apoio na construção do complexo, a ministra se mostrou otimista e disposta a ajudar.

“É uma das mais extraordinárias ideias propostas que nós já recebemos. Esse complexo, que vai reunir toda a rede de proteção à Criança e à Mulher, vem facilitar a defesa desses dois públicos. Eu acredito que é uma proposta viável e nós vamos estar juntos com o Tribunal em Brasília, lutando para a liberação dos recursos, inclusive,  pedindo apoio à bancada federal”, destacou a ministra.

A juíza Articlina Oliveira Guimarães, titular da 2ª Vara Especializada em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes, também esteve no encontro e falou sobre a expectativa de construção do complexo, que também deverá concentrar, além dos Juizados Maria da Penha, um centro integrado de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.

“É importante saber que vamos ter apoio de uma ministra, que considerou o projeto viável e fez questão de conhecer o terreno. A área acomoda muito bem os dois Centros. Esse projeto é uma parceria da rede de proteção composta por profissionais de órgãos valorosos como Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública, Polícia Civil entre outros”, disse a magistrada.

O terreno onde será feito o complexo mede 18 mil metros quadrados. De acordo com o desembargador Yedo Simões, o terreno foi cedido pelo Estado para que sejam ampliadas as atividades do Poder Judiciário. “O arquivo do TJAM, por exemplo, terá um projeto moderno com todas as novas tecnologias para abrigar os documentos históricos, as mídias que foram produzidas pelo Tribunal. Todo esse material irá ficar arquivado, afinal é um registro da nossa história”, enfatizou. O projeto da obra, ressaltou o desembargador Yedo, exigirá uma grande licitação e sua meta é deixar tudo encaminhado até o fim da sua gestão.

A desembargadora Carla Reis, coordenadora do Comitê Estadual da Mulher em situação de Risco, do TJAM; a juíza Ana Lorena Gazzineo, titular do 1° Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e a secretária estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Caroline Braz também integraram a comitiva que acompanhou a visita da ministra à área onde o TJAM pretende construir o Complexo Maria da Penha.

 

As vagas para juízes da entrância final devem ser preenchidas pelos critérios de merecimento e antiguidade.


A Coordenadoria Geral dos Juizados Especiais (CGJCC) do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) lançou três editais para preenchimento de vagas de membro da 1ª Turma Recursal e mais dois para preenchimento de vagas de membro da 3ª Turma Recursal, destinadas a juízes de Direito de entrância final, pelos critérios de antiguidade e merecimento.

Os editais 001 e 003 de 2019 tornam pública a vacância de Membroo para a 1ª Turma Recursal, a partir de 24 de julho de 2019, as quais que deverão ser preenchidas pelo critério de merecimento, nos termos da Resolução n.º 27/2010 DVEXPED-TJ/AM. Já o edital 002/2019, abre vacância para Membro da 1ª Turma Recursal do Estado do Amazonas, a partir de 24 de julho de 2019, a qual deverá ser preenchida pelo critério de antiguidade.

Os editais 004/2019 e 005/2019 abrem vagas para Membro da 3ª Turma Recursal, a partir de 24 de Julho de 2019, seguindo o critério de antiguidade do magistrado. O edital 005/2019, segue o critério o merecimento.

Os pedidos de inscrição devem ser apresentados por meio do CPA, para a Secretaria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais. O prazo é de 10 (dez) dias corridos, a contar da primeira publicação dos editais. O prazo final para inscrição dos interessados nas vagas oferecidas pelos editais 001/2019, 002/2019 e 003/2019 ficou para o dia 5 de abril, devido a uma republicação dos referidos editais, feita em 25 de março. Somente os editais 004/2019 e 005/2019 permanecem com prazo de inscrição até o dia 4 de abril de 2019.

Inscrição por critério de merecimento

Os editais 001/2019, 003/2019 e 005/2019, que trazem como critério o merecimento, indicam que os juízes de entrância final devem acostar aos seus requerimentos: certidão comprovando o tempo de efetivo exercício no cargo ou na entrância, expedida pela Divisão de Pessoal; certidão comprovando a não retenção injustificada dos autos além do prazo legal, expedida pelo Diretor/Escrivão da Vara; certidão comprovando não haver sido o juiz punido nos últimos 12 meses, em processo disciplinar, com pena igual ou superior á de censura, expedida pela Corregedoria-Geral de Justiça; relatório de produtividade do magistrado nos últimos 06 meses; 05 (cinco) sentenças/decisões interlocutórias, preferencialmente de classes processuais diferentes.

Inscrição por critério de antiguidade

Os editais 002/2019 e 004/2019, que trazem como critério o antiguidade, indicam que os juízes de entrância final devem acostar aos seus requerimentos: certidão expedida pela Divisão de Pessoal e certidão expedida pela Corregedoria Geral de Justiça.

 

Diversas ações de estímulo à inclusão serão promovidas no dia 4 de abril no Fórum Henoch Reis e no dia 5 no Fórum Des. Euza Naice de Vasconcelos.

Com a perspectiva de fomentar e aprimorar as ações de inclusão no âmbito do Judiciário Estadual, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) promoverá, na próxima semana, uma campanha de acessibilidade, motivando servidores para participação em oficinas de vivência e outras ações de estímulo à inclusão. A campanha terá como tema “Acessibilidade e Inclusão: ampliando a visão”.

As atividades propostas nesta que será a primeira campanha de acessibilidade do ano de 2019 serão realizadas no dia 4 de abril no hall do Fórum Ministro Henoch Reis e no dia 5 de abril no hall do Fórum Des. Euza Naice de Vasconcelos. Ambas as unidades estão localizadas no bairro de São Francisco, na zona Centro-Sul de Manaus.

A campanha é coordenada pela Divisão de Serviço Social do TJAM e contará com o apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped) e Manaustrans.

A iniciativa do TJAM vem ao encontro do que indica a Resolução nº 230 de 22 junho de 2016 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que orienta os tribunais para adequação de suas atividades às determinações da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, bem como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) e a Recomendação nº 27, de 16 de dezembro de 2019, do CNJ.

De acordo com a diretora da Divisão de Serviço Social do TJAM, Fernanda Coelho, nos dois dias de campanha – 4 e 5 de abril – serão promovidas oficinas e ações pedagógicas de mobilização.

“Neste primeiro momento, a parceria com a Seped permitirá a realizará uma oficina de vivência lúdica nos halls dos dois Fóruns e uma ação pedagógica do Manaustrans, com a colaboração de nossa equipe, será realizada nas Varas das duas unidades judiciais. Nosso objetivo, nesta primeira etapa, é criar um núcleo para organizar as futuras iniciativas que fomentarão, no decorrer do ano, em nosso tribunal, uma cultura organizacional cada vez mais inclusiva”, informou Fernanda Coelho.

A diretora afirmou que esta será a primeira de uma série de programações que devem ser realizadas. “Esta será nossa primeira atividade do ano de 2019. Com esta e com outras programações que virão, pretenderemos motivar uma reflexão sobre a importância da convivência entre diferentes, minimizando as lacunas existentes nesta relação. Para nós, falar de acessibilidade é falar da garantia de direitos fundamentais. Pretendemos, com esta campanha, assumir nossa fração de corresponsabilidade e combater todas as formas de preconceito”, disse Fernanda Coelho.

 

A iniciativa faz parte do projeto “Novos Rumos”, resultado de parceria entre o Tribunal e o CIEE.


Nesta segunda-feira (25), cinco adolescentes contratados por empresas privadas dentro da chamada Cota Social passaram a atuar no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) na condição de menores aprendizes. Os cinco jovens serão os primeiros integrantes do projeto “Novos Rumos” pelo qual o TJAM, por meio da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas (VEMS) e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) pretendem ressocializar e contribuir com a formação de aproximadamente 80 pessoas.

O termo de cooperação técnica do projeto foi assinado pelo TJAM e o CIEE no último mês de fevereiro. A parceria facilitará o acesso de adolescentes em situação de vulnerabilidade social ou em cumprimento de medidas socioeducativas a cursos profissionalizantes e a postos de trabalho, na condição de menores aprendizes, como parte do projeto “Novos Rumos”.

Pela parceria, os jovens, contratados por empresas privadas dentro da chamada Cota Social serão capacitados pelo CIEE e exercerão suas atividades práticas no TJAM, atuando em tarefas administrativas. Eles foram recebidos para entenderem como é o funcionamento do Tribunal de Justiça do Amazonas, qual a função do Judiciário, receberam noções de processo judicial, profissionalização e relacionamento interpessoal no trabalho, além de conhecerem os setores que atuarão”, explicou a diretora da Eastjam, Wiulla Garcia.

Dois dos menores aprendizes irão atuar na Vara de Execução de Medidas Socioeduativas; dois no Juizado da Infância e Juventude Infracional e um passará a atuar no Setor de Protocolo do TJAM.

Participaram da acolhida aos cinco adolescentes, representantes da Divisão de Planejamento Estratégico, do Juizado da Infância e Juventude Infracional, Vara de Execução de Medidas Socioeducativas e Escola de Aperfeiçoamento do Servidor.